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Câmara dos EUA aprova pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão

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A Câmara de Deputados dos Estados Unidos aprovou na madrugada deste sábado, 27, o pacote de estímulos à recuperação econômica proposto pelo presidente americano, Joe Biden. Esta é a primeira vitória legislativa do democrata, que assumiu o cargo em janeiro. O plano, proposto como uma forma de amenizar os danos causados pela pandemia do novo coronavírus, prevê investimentos de US$ 1,9 trilhão.
O plano passou com 219 votos favoráveis, ante os 212 contrários à medida. Biden saudou a aprovação do pacote, instando o Senado a fazer o mesmo “rapidamente”. “Se agirmos agora, de forma decisiva, rápida e corajosa, poderemos finalmente superar esse vírus”, disse o presidente em um breve discurso na Casa Branca. “O povo deste país sofreu muito por muito tempo.”
O texto foi enviado ao Senado, onde a vice-presidente americana, Kamala Harris, pode ter o voto de Minerva em caso de empate – os partidos republicano e democrata têm, cada um, 50 cadeiras na Casa.
O projeto deve sofrer emendas no Senado antes de ser aprovado. Os republicanos, que apoiaram amplamente os gastos anteriores relacionados à covid-19, disseram que grande parte do pacote atual não é necessária, destacando elementos como um metrô perto do distrito de San Francisco. Apenas 9% do total iria diretamente para o combate ao vírus, disseram. “(O projeto) simplesmente joga dinheiro fora sem responsabilidade”, disse o líder republicano da Câmara, Kevin McCarthy.
O chamado “Plano de Resgate Americano” se propõe a pagar por vacinas e medicamentos contra a covid-19 e enviar uma nova rodada de ajuda financeira a famílias nos EUA, pequenos comércios e governos a níveis estadual e municipal.
O documento inclui uma nova rodada de pagamentos diretos aos americanos, de US$ 1.400 por pessoa. O projeto também prevê a extensão de benefícios federais para desempregados até agosto, direcionamento de US$ 350 bilhões para Estados, cidades, territórios dos EUA e governos tribais, aumento o investimento para distribuição de vacinas e testes de coronavírus e uma várias outras medidas, como assistência nutricional, auxílio-moradia e dinheiro para escolas.
A votação foi encerrada pouco depois das 2 da manhã de sábado, após um longo dia de debate, com os republicanos repetidamente denunciando a legislação como um desperdício partidário e os democratas defendendo-a como um alívio muito necessário.
Biden tem focado suas primeiras semanas de governo nas tentativas de lidar com a maior crise sanitária da história dos EUA. Os democratas pretendem ter o documento pronto para assinatura do presidente até 14 de março, quando os benefícios de seguro-desemprego e outros tipos de auxílio devem expirar.
Dois democratas se opuseram à legislação – Kurt Schrader, do Oregon, e Jared Golden, do Maine. Golden argumentou que a Câmara deveria ter buscado um endosso independente em um projeto de lei de financiamento de vacinas antes de se voltar para uma legislação de alívio maior.
Estadão Conteúdo

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