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Caminhoneiros protestam em 19 estados

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Um protesto de caminhoneiros contra o aumento no preço do diesel paralisou nesta segunda-feira, 21, rodovias em 19 Estados e no Distrito Federal, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Apenas em rodovias federais, a PRF contabilizava 124 pontos com manifestações até o fim da tarde. Para a Confederação Nacional dos Transportes Autônomos (CNTA), houve 127 bloqueios totais ou parciais, incluindo rodovias estaduais de São Paulo e Santa Catarina. No Rio Granade do Norte, houve manifestação em um trecho da BR 101, em Parnamirim, e na Ponta Newton, em Natal. A previsão era de que a protesto continuasse nesta terça-feira, 22.

Os caminhoneiros reivindicam preço diferenciado para o transporte de cargas e o fim da cobrança de pedágio para o eixo suspenso, além de melhoria no valor do frete. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, os reajustes constantes do diesel nas refinarias e dos impostos que recaem sobre o combustível tornaram a situação insustentável. “Mesmo com a mobilização marcada, o governo anunciou outro aumento. Há correção quase diária, que dificulta a previsão de custos por parte do transportador.” Segundo ele, os protestos estão sendo pacíficos. “Não apoiamos barricadas, nem depredação de patrimônio público”.

O presidente da CNTA, Diumar Bueno, disse que a mobilização deve prosseguir por tempo indeterminado. “Vamos continuar até que o governo nos atenda”, afirmou. De acordo com a Polícia Federal, os Estados com maior número de manifestações eram Paraná, com 20 bloqueios, Rio de Janeiro, com 15 estradas bloqueadas, e Minas Gerais e Bahia, com 14 pontos cada. No Paraná, o juiz federal Marcos Josegrei da Silva proibiu a interdição de rodovias, prevendo multa de R$ 100 mil por hora de bloqueio, mas permitiu protestos em meia pista, desde que o tráfego não fosse interrompido. Em Santa Catarina, houve 9 bloqueios, incluindo rotas de abastecimento das granjas de aves e suínos. Em Mato Grosso do Sul, no acesso a Campo Grande, manifestantes fizeram barricadas com pneus e atearam fogo.

Em São Paulo, os caminhoneiros entraram em comboios na capital, causando congestionamentos nas Marginais do Tietê e do Pinheiros e nas Avenidas Escola Politécnica e Jacu-Pêssego. Em Jacareí, na Dutra, um caminhão que tentou furar o bloqueio foi apedrejado e teve o pneu furado.

Até o fim da tarde, segundo o presidente da CNTA, o governo não havia indicado que abriria negociação. “Acho que o governo vai nos procurar quando o movimento, que já é significativo, ganhar mais corpo”, disse.

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