São Paulo – O volume de entregas de fertilizantes no Brasil no mês de setembro somou 3,065 milhões de toneladas (t), em linha com as projeções iniciais da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda). O número fica ainda dentro da média para o mês nos últimos dois anos: 3,059 milhões de t em 2005 e 3,064 milhões em 2004.
O diretor secretário da Anda, Eduardo Daher, explica que o número não é maior porque o País atingiu seu “limite logístico”. “Não temos estradas em boas condições, os caminhões fazem fila nas indústrias”, explica. Além disso, lembra que os produtores retardaram as compras, o que fez com que as aquisições de fertilizantes coincidissem com o período de chuvas, reduzindo a capacidade de entrega do produto. No acumulado do ano, de janeiro a setembro, as entregas somaram 12,979 milhões de t, volume 2,94% menor que as 13,361 milhões de t em igual período da safra 2005/06.
Na comparação com a safra 2004/05, melhor ano para o setor, a retração foi de 18,2%. Segundo Daher, a queda nas entregas de fertilizantes neste ano só não foi maior porque os Estados que cultivam cana-de-açúcar, citros e celulose ampliaram o consumo do período no acumulado do ano. Daher destaca o desempenho nas vendas no Espírito Santo, cuja demanda aumentou 20% entre janeiro a setembro ante igual período do ano passado e se comparado a 2004, a alta chega a 45,7%. O incremento é atribuído às compras para o café e reflorestamento. Em São Paulo, onde as culturas de cana, citros e celulose são mais competitivas, o aumento nos nove primeiros meses de 2006 foi de 6,5% sobre o ano passado.