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Candidato a prefeito de Belo Horizonte pede proteção policial

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Belo Horizonte (AE) – O candidato a prefeito de Belo Horizonte, Leonardo Quintão (PMDB), protocolou ontem na Polícia Federal pedido de abertura de inquérito para apurar supostas ameaças que estaria sofrendo no segundo turno da campanha e solicitou segurança pessoal – que foi negada. Quintão acusa militantes da candidatura de Márcio Lacerda (PSB) de constrangê-lo e intimidá-lo em atividades de campanha. Os deputados federais licenciados Virgílio Guimarães (PT) e Miguel Corrêa Junior (PT), coordenadores da campanha do socialista, também estiveram na PF e pediram que agentes da corporação vigiem a residência e a sede do comitê eleitoral do peemedebista Virgílio levantou a suspeita de que possa ser “armado” um atentado contra os locais.

Os petistas foram acusados pelo deputado estadual Antônio Júlio (PMDB), secretário-geral do PMDB mineiro, de contratar pessoas para intimidar Quintão nos eventos de rua. Eles anunciaram que irão interpelar judicialmente o parlamentar estadual para confirmar ou desmentir as “acusações infundadas”.

A PF informou ao candidato do PMDB – que é deputado federal – que pela legislação nacional não pode prover sua segurança pessoal durante a campanha. A corporação aconselhou o peemedebista a solicitar segurança à Polícia da Câmara de Deputados ou à Polícia Militar.

Quintão, em princípio, recuou da intenção. “Vou discutir com o comitê, mas tenho certeza que mediante a Polícia Federal os cabos eleitorais (do candidato adversário) vão tomar mais cuidado”, disse o peemedebista, que procurou isentar o comando da campanha de Lacerda. “Isso é mais militância”.

Lacerda colocou em dúvida a veracidade das ameaças alegadas por Quintão, afirmando que o adversário “já perdeu totalmente a credibilidade”. “O Leonardo tem faltado tanto com a verdade, que eu não acredito em mais nada do que ele fala. Por isso estamos pedindo à Polícia Federal que faça essa investigação”.

Candidatos em Salvador mudam as estratégias

Salvador (AE) – O primeiro debate do segundo turno da eleição municipal em Salvador (BA), promovido pela ‘TV Bandeirantes’ teve apenas um ataque pessoal – quando o atual prefeito, João Henrique Carneiro (PMDB), chamou o adversário, Walter Pinheiro (PT), de mentiroso – e algumas ironias das partes. Foi morno, no geral, mas mostrou, pela primeira vez na campanha, mudanças nas estratégias dos candidatos.

Carneiro deixou de lado a aliança com o governo federal como principal argumento para convencer o eleitor. Ficou claro que a idéia, agora, é defender a administração que fez e dar peso ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). O projeto, promessa de campanha da eleição de 2004, foi aprovado por ele, no fim do ano passado, em uma votação considerada controversa na Câmara de Vereadores – ocorreu na madrugada, em meio a gritaria e protestos da bancada de oposição.

A estratégia teve dois objetivos: esvaziar os ataques que o adversário vinha desferindo contra o plano e tentar mostrar que Pinheiro desconhece ou conhece pouco os detalhes da administração municipal. Entre as perguntas feitas por Carneiro ao petista houve uma bastante exemplar da tática: “o senhor sabe listar qual os mecanismos de transferência de renda previstos pelo PDDU?”. Pinheiro tentou desviar, listando uma série de possíveis formas de se atingir o objetivo, mas não conseguiu responder.

O petista, vendo que as críticas ao plano poderiam resultar infrutíferos, partiu para outras estratégias de ataque: tentar mostrar que as obras que estão sendo feitas na cidade são eleitoreiras e aproximar a imagem de Carneiro à do ex-concorrente Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM) e dos ex-governadores, pelo então PFL, César Borges e Paulo Souto. Pinheiro foi surpreendido. Ele disse que o peemedebista “governou apenas por quatro meses e não por quatro anos”, “E o que vocês fizeram durante 40 meses na prefeitura?”, perguntou o prefeito, lembrando que o PT ocupou quatro secretarias de sua administração do início até abril, quando deixou a prefeitura para lançar candidatura.

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