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Candidato no Rio quer apoio de Lula

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Rio de Janeiro (AE) – Ex-estrela da tropa de choque oposicionista que encurralou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na CPI dos Correios com denúncias de corrupção, o candidato do PMDB a prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou ontem que “adoraria” ter o apoio de Lula na sua campanha. Paes, que foi o terceiro sabatinado na série promovida pelo “Grupo Estado” com os concorrentes à prefeitura carioca, negou haver contradição entre sua atual proximidade política do presidente e sua atuação na investigação parlamentar, em 2005. Na época, como deputado do PSDB, ele denunciou integrantes do governo e duvidou da versão de que Lula não sabia do caixa 2 montado pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, no escândalo do mensalão.

“Fui um deputado que combateu a corrupção. Toda vez que eu vir corrupção, vou combater com dureza”, justificou. Segundo ele, o governo Lula vai “muito bem”. “O País melhorou.” Durante as investigações da CPI, Paes chegou a declarar que “a corrupção parece ter se generalizado no governo Lula, sem que medidas sejam adotadas para punir os responsáveis”. Hoje, elogiou o governo e o presidente. “Se o presidente Lula pudesse declarar o voto dele hoje para mim, eu adoraria”, afirmou. Procurou, no entanto, não entrar na briga dos candidatos de partidos governistas. “Não vou ficar disputando o apoio do presidente Lula. Não vou ficar perturbando. Tenho certeza que o presidente vai manter posição eqüidistante (no primeiro turno). E segundo turno é outra eleição”, disse.

Em outros momentos da sabatina, Paes procurou explicar o relacionamento político com o prefeito Cesar Maia, do DEM, seu primeiro padrinho político e hoje adversário. Apesar de ter classificado como “megalomania, delírio, absurdo” a construção da Cidade de Música, obra de Maia, Paes evitou atacar diretamente o prefeito, por quem disse ter respeito.

“Faço a crítica política”, afirmou. Em gestões anteriores de Maia, Paes foi subprefeito e secretário de Meio Ambiente. Ele apontou a saúde como prioridade absoluta e reiterou a promessa de construir 40 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) – parceria do Estado com a União – com funcionamento 24 horas.

Citou ainda como pontos fortes de seu programa de governo a ordem urbana, em discurso muito semelhante ao de Maia em sua primeira gestão, e a parceria com os governos estadual e federal. Prometeu ampliar de 15,1% para ao menos 20% do orçamento o investimento em saúde e não descartou a possibilidade de adotar a contratação de médicos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sem estabilidade. Também prometeu estabelecer critérios de produtividade para remunerar no setor de saúde.

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