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Candidatos falam sobre manutenção das ruas e avenidas

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Ao longo desta semana a série NATAL 2009 – Desafios e Metas abordou o tema da conservação de ruas. As chuvas que vêm caindo na cidade deixaram um rastro pelas ruas: a quantidade de buracos se proliferam e os recursos disponíveis pela Prefeitura para fazer o reparo não crescem na mesma proporção. Segundo um cálculo da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Semov) seriam necessários pelo menos R$ 500 milhões para calçar e drenar toda a Natal. Um dos desafios do novo prefeito será gerir os parcos recursos, além de conseguir alternativas de financiamento para garantir a melhoria da malha viária da cidade.

Os oito candidatos à Prefeitura do Natal – Dário Barbosa (PSTU), Fátima Bezerra (PT), Joanilson Rêgo (PSDC), Micarla de Souza (PV), Miguel Mossoró (PTC), Pedro Quithé (PSL), Sandro Pimentel (PSOL) e Wober Júnior (PPS) – foram convidados a elaborar um texto sobre o tema, mas apenas cinco encaminharam seus textos em tempo hábil para a publicação.

Até às 18h da última sexta-feira Joanilson Rêgo, Sandro Pimentel e Dário Barbosa não haviam encaminhado qualquer comunicação à redação da TRIBUNA DO NORTE. Para esta semana o tema da série de reportagens será TRANSPORTE. 

Fátima Bezerra (PT)

Em Natal, a relação entre características ambientais e ecológicas – dunas rios, mangues, estuário, etc – e a expansão imobiliária e de atividades relacionadas com o turismo sobre terrenos arenosos das dunas, sem drenagem e sem esgotamento sanitário, o aterramento de lagoas e a impermeabilização do solo, levam a a continuada poluição do Potengi e a degradação de suas margens. Some-se a isso a ocupação residencial clandestina e inadequada dos mangues e dunas e temos, potencializados, os efeitos negativos do processo de urbanização.

A política urbana tem papel relevante na ampliação da democracia e na promoção de um modelo de desenvolvimento sustentável, constituindo-se também num instrumento de inclusão social. A questão urbana exige uma postura cada vez mais pró-ativa por parte do poder público. Numa cidade onde os recursos financeiros são poucos em comparação com o volume de problemas a serem resolvidos, onde não há uma cultura de participação cidadã constituída, implementar tal política é um imenso desafio.

Em Natal, 50% das vias públicas estão pavimentadas com paralelepípedos, 25% com asfalto e 25% não possuem qualquer tipo de pavimentação. São muitos os loteamentos que possuem vias não pavimentadas e que ainda precisam desse tipo de atendimento, como: Novo Horizonte, Nova República, Santa Cecília, Câmara Cascudo, Boa Esperança, Nordelândia, Ki Panorama e Santa Inês, na região norte; e Parque das Colinas, San Valle e Planalto, na região sul. Atualmente, cerca de 70% do asfalto de Natal está com vida útil esgotada, obrigando a Prefeitura a desenvolver a chamada operação “tapa-buraco”, várias vezes, no mesmo ano, na mesma via pública. É o que acontece, atualmente, nos conjuntos Jiqui, Pirangi, Neópolis, Candelária, Panatis, Soledade I; na comunidade de Morro Branco; e nos bairros de Nova Descoberta, Alecrim e Quintas.

Nossa proposta é avançar com esse modelo de planejamento, que já vem sendo trabalhado em Natal, com a vigilância e a aprovação da população. A defesa da cidade, expressa pelo cuidado com os valores sociais, ambientais e culturais, não pode ser vista como entrave ao crescimento. Pelo contrário, deve ser vista como credencial para a atração de investimentos e visitantes, afinal Natal é uma cidade turística. O planejamento como instrumento técnico-político se constitui numa ferramenta necessária para o desenvolvimento sustentável da cidade e incluir a revitalização das vias numa política de urbanização que agrupe ações de drenagem, de arborização, de sinalização e iluminação das mesmas, garantindo melhor mobilidade e acessibilidade à população.

Micarla de Sousa (PV)

Eu concordo com o que foi quase que poeticamente dito em uma das matérias da Série, nessa semana: “há milhares de buracos no meio do caminho” para quem for administrar Natal. E olhe que eles não escolhem classe social ou posição geográfica. Estão espalhados e surgem diariamente por todos os recantos da cidade. No meu entender, não há como dissociar a conservação das ruas de Natal com a questão do trânsito e do direito de ir e vir do cidadão. Ambos completamente comprometidos pelos buracos. Daí não só pensar nesses “intrusos” como um problema de infra-estrutura viária, mas também sob a perspectiva de que temos de pensá-los como uma “pedra no sapato” da mobilidade urbana. Inclusive, uma de minhas propostas é justamente criar uma Secretaria de Mobilidade Urbana que vê o direito de ir e vir do cidadão como algo prioritário e não só secundário à política de trânsito e transporte, como é feito atualmente.

Para os condutores de veículos, os problemas vão desde a obrigação de eles terem de redobrar a atenção para desviar de buracos – o que causa trânsito lento, congestionamentos e muito estresse – a problemas financeiros, com gastos para conserto de pneus e suspensões danificados dos carros. No caso dos pedestres, os riscos são dobrados porque eles tanto têm de ficar atentos aos buracos, quanto aos carros que estão desviando dos buracos. Sem esquecer também de ciclistas e motociclistas, uma das matérias até citou a situação de um que caiu e teve de ser socorrido pelo Samu, na Avenida das Fronteiras, na Zona Norte.   É fato que as operações “Tapa Buraco” são paliativas e estão longe de resolver o problema, porque são verdadeiros remendos feitos em cima de uma malha viária antiga. É como se fossem colocados pedaços de retalhos sobre um tecido roto e gasto. Cedo ou tarde o tecido vai rasgar em outro lugar. O que quero dizer é que Natal necessita urgentemente de uma recapeamento total, seja ele asfáltico ou outro tipo de pavimentação. E, caso seja necessário, que se faça um diagnóstico sobre quais os materiais mais modernos e os que se adaptam às características de nossas ruas e que se busque também recursos na esfera federal ou investimentos internacionais para a realização das obras. No nosso plano de governo, estabelecemos metas de eliminação do atual déficit de pavimentação e drenagem, bem como da melhoria e recuperação da malha viárias de pelo menos 10% ao ano.

Para finalizar, é preciso também que haja uma boa limpeza urbana: varrição, limpeza de calhas, guias, sarjetas, bueiros e bocas de logo do sistema de drenagem a fim de evitar que as águas de chuva – principal motivo do desgaste do asfalto – acelerem o desgaste.

Miguel Mossoró (PTC)

Seis assuntos prioritários para uma cidade melhor, pena que um assunto tão importante tenha que ser tratado em poucas linhas 15, vamos tentar reduzidamente expor nosso pensamento. As ruas de Natal estão esburacadas e pasme o motivo não e a chuva que cai em nossa cidade e sim serviços mal feitos. O Município tampa um buraco hoje se amanha chove o buraco dobra de tamanho. Isto e dinheiro jogado fora literalmente. Pavimentação vamos fazer uma auditoria junto a Semov para saber quais ruas estão realmente pavimentada e de conhecimento publico que tenha muitas ruas pavimentada no papel quando vamos visitar é só areia e barro a i ser pergunta cadê o dinheiro,o gato comeu.Vamos priorizar em primeiro lugar a conservação de todas as praças já existentes que estão abandonadas. Só no bairro que moro, Cidade Satélite, tem duas que parecem uma floresta e brincadeira. Os canteiro estão bonitos na parte da cidade quer entesar a prefeitura, nos bairros os canteiros são para colocar lixo e a prefeitura não estar nen ai. O que interessa e mostrar lindos jardins. Por isto quer o município gasta mais dinheiro com jardins do quer com o principal a saúde,vamos mudar esta realidade prioridade vai ser o povo: saúde educação e segurança.

Wober Júnior (PPS)

Como cidadão que sente os efeitos do sol e da chuva, percebo a falta de cuidado da Prefeitura com o tipo de asfalto usado nas ruas de Natal, com seus desníveis e pouca durabilidade. No meu entendimento, a pavimentação não pode ser dissociada da drenagem. Devemos conceber o pavimento permeável (bloco vazado de concreto) em calçadas, estacionamentos, praças e ruas de pouco tráfego. Em ruas de grande tráfego, esse tipo de pavimento fica deformado e entupido, tornando-se impermeável.

Engana-se quem pensa que os paralelepípedos não são impermeáveis. Eles apresentam uma maior rugosidade em relação ao asfalto. Portanto, a água escoa com mais dificuldade, existe um retardo na vazão de pico, o que favorece os problemas de inundação. Já o asfalto é mais liso, tem menor rugosidade, o que favorece a velocidade do escoamento, sendo mais prejudicial com relação às enchentes. O asfalto aquece, o ar quente é mais leve e sobe por convecção, o que favorece a um tipo de chuva chamada convectiva, de alta intensidade e curta duração. Um outro inconveniente do asfalto é a formação de ilhas de calor devido ao aquecimento da sua superfície escura, provocando uma elevação da temperatura média na nossa cidade.

Um outro grande problema em ruas asfaltadas é o lançamento de águas residuárias, provenientes de alguns serviços que agridem o pavimento. Um exemplo disso são os produtos combustíveis como óleos e graxas lançados nas ruas.  Eles atacam o asfalto exigindo maiores freqüências para manutenção. Outro grave problema é o asfalto usinado a frio, aplicado pela Prefeitura que, quando chove, é destruído. Com o CBUQ, asfalto conhecido como Concreto Betuminoso Usinado a Quente, já não acontece esse problema.

Quando prefeito, buscarei, na medida do possível, implantar os pavimentos permeáveis, que possam permitir armazenar e infiltrar uma parte importante das precipitações freqüentes. Arruamentos com esses tipos de dispositivos deveriam ser preservados para evitar o agravamento dos problemas de drenagem localizados na nossa cidade. Qualquer obra de pavimentação será executada priorizando a infiltração do escoamento. A cidade deve ser pensada como um todo, e não apenas na pavimentação sem a sua interface com a drenagem urbana e com o saneamento (abastecimento de água e esgotamento sanitário).

Pedro Quithé (PSL)

Natal está sendo mal tratada pela negligência do Poder Público. Administrar com responsabilidade social é conciliar Sistemas de Planejamentos Estratégicos; viabilizando o equilíbrio entre Desenvolvimento Sustentável e a Qualidade de vida das pessoas que vivem em Natal. Os buracos estão engolindo Natal. Basta chover um pouco para os asfaltos-suspiros se desmancharem, deixando à amostra a incompetência e o descaso dos falsos representantes do povo. Chega de tanto blá-blá-blá! Idealizamos uma Natal com a realização dos seguintes projetos: Transformação das praças públicas em centros educacionais de Esporte, Cultura e reabilitação de viciados; Implantação do Disk tapa-buracos, ligado à Secretaria de Obras; Implantação de um sistema de construção permanente de calçamento principalmente nas Ruas que só estão pavimentadas nos computadores da Prefeitura; Implantação de um sistema de drenagem adequado, o qual escoara as águas das chuvas evitando um maior desgaste da pavimentação; Indenizar, num prazo máximo de 30 dias, os veículos e os cidadãos que sofrerem qualquer dano material ou moral decorrentes de acidentes causados por buracos nas Ruas de Natal, através de Requisição de Pequeno Valor Especial (RPVE); manter Damião Pitta como Secretário Municipal e convidar Sérgio Pinheiro para assumir a Presidência da URBANA e abrirei uma CPI dos Contratos públicos Municipais para colocar na cadeia os Corruptos.

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