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Candidatos polemizam sobre obras

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MÍDIA - Candidatos destacaram propostas e realizações na área de recursos hídricosNo segundo dia de programa eleitoral gratuito para os candidatos ao Governo do Estado, nessa sexta-feira, as duas principais coligações levaram para as telas a comparação entre as realizações das administrações Garibaldi Filho (PMDB) e Wilma de Faria (PSB), com foco em uma ação específica: a construção de adutoras. Enquanto a propaganda da candidata à reeleição disse ter beneficiado mais de 200 mil potiguares, levando água potável a 25 municípios, o programa de Garibaldi Filho calculou em mais de 1 milhão os norte-rio-grandenses alcançados pelos investimentos em recursos hídricos, durante seus oito anos de governo.

O programa da governadora apresentou depoimentos de populares agradecendo a construção das adutoras e números que revelariam um menor gasto nas obras, enquanto o do senador ressaltou os motivos pelos quais ele ficou conhecido como o “governador das águas” e enfatizou a importância desse investimento em áreas como a da saúde pública. “Vamos retomar o trabalho deixado de lado nos últimos anos”, destacou o candidato.

O representante da Vontade Popular aproveitou seu horário ainda para listar projetos desenvolvidos na educação, turismo, incentivo à indústria, projetos sociais e melhoria da rede pública de saúde. Garibaldi ainda teve sua história contada em ritmo de cordel e defendeu a retomada do “espírito de luta, determinação e visão de futuro” de homens como o ex-ministro Aluízio Alves. 

Já Wilma de Faria ressaltou o “bicampeonato” do Rio Grande do Norte como o estado de maior geração de empregos com carteira assinada no Nordeste. Ela também defendeu os programas sociais desenvolvidos em parceria com o governo Lula (Luz Para Todos, Bolsa Família, entre outros) e voltou a acusar os adversários de terem se unido apenas para derrota-la. “Eles se juntaram contra mim”, disse.

Dos demais candidatos, José Bezerra (PCB) defendeu mais ética e austeridade na administração pública e citou como exemplo de participação popular a forma como governou Janduís. Geraldo Forte (PSL) questionou a privatização da Cosern e se posicionou contra uma possível venda da Caern. O Xeque Humberto (PTC) repetiu seu primeiro programa, explicando suas críticas e sua fantasia, enquanto Sandro Pimentel (Psol) se apresentou como uma alternativa aos políticos tradicionais e aos que transformam o horário eleitoral em programa de comédia.

Ex-secretário teme desequilíbrio

As afirmações da governadora Wilma de Faria (PSB), dando conta de que teria recebido a administração estadual em meio a uma crise financeira e com um orçamento deficitário, preocupou o ex-secretário de Planejamento, Lindolfo Sales. Para ele, essas declarações podem estar servindo para o atual governo justificar seu mau desempenho ou até mesmo um possível rombo nas contas do estado ao final deste mandato.

De acordo com Lindolfo Sales, o custeio do estado cresceu 97,81%. “E ela (a governadora) que não venha dizer que dobrou o salário dos funcionários públicos. As receitas só aumentaram 58,28%”-. Ele explicou porque teme um furo nas contas públicas. “Qualquer trabalhador sabe que não se faz mágica com dinheiro. Se a gente gasta mais do que ganha, o resultado é um rombo na nossa conta bancária. Estou com medo que isso esteja acontecendo com o RN”, disse.

O ex-secretário esclareceu que foram deixados nos cofres do estado, ao final dos governos Garibaldi Filho e Fernando Freire, uma sobra de caixa três vezes maior que os recursos comprometidos para pagamentos. Essa relação estaria, inclusive, comprovada na prestação de contas entregues ao TCE em março de 2003.  “Wilma não pode dizer que não sabia”, ressaltou Lindolfo Sales, explicando que “para cada real que o Estado tinha a pagar, havia dois livres para ela investir, pagar salários ou gastar como bem entendesse.”

A prestação de contas revela que foram deixados em caixa, pelo último governo, R$ 91,2 milhões, dos quais R$ 29,8 milhões eram para pagamentos já previstos. A boa situação do governo foi atestada não só pelo TCE, mas também pelo Banco Mundial, que enviou um documento nesse sentido à atual governadora. O documento tinha o seguinte teor: “No momento, a situação fiscal do RN é bem sólida. As receitas e o superávit da conta corrente aumentaram entre 1997 e 2001”.

Partidos tentam vincular campanha

Os candidatos ao Senado aproveitaram o segundo dia de horário eleitoral para ligarem seus nomes ao de quem os apoia. Enquanto o programa de Rosalba Ciarlini (PFL) defendeu o voto casado e a chamou de “a senadora de Garibaldi e do RN”, o de Fernando Bezerra (PTB) o nomeou “senador de Lula e de Wilma”. Geraldo Melo (PSDB), que não apoia nenhum candidato ao governo, fez diferente: “Vote em Wilma, vote em Garibaldi, ou qualquer outro candidato para o governo, e vote em Geraldo para o Senado.”

O horário da candidata do PFL ressaltou suas obras em Mossoró e o compromisso com todo o Rio Grande do Norte, destacando sua trajetória política. Já o de Fernando Bezerra (PTB), gravado em grande parte no município de Viçosa, tentou passar aos telespectadores a importância do cargo de senador para a busca de investimentos. Ele também foi mostrado como um parlamentar de prestígio no Congresso. O espaço do ex-senador Geraldo Melo foi ocupado por depoimentos de eleitores e sua crítica ao “voto casado.”

A candidata do PSTU, Simone Dutra, defendeu uma proposta de não pagamento da dívida externa. Edgar Caldas (PCB) falou sobre a necessidade de mudança na política potiguar. Augusto Maranhão (PTC) propôs um plebiscito sobre a reforma política, enquanto Antônio Sotero, o “Carrapicho”, do PSL, se disse contra a venda da Cosern. Joanilson Rego (PSDC) reclamou do pouco tempo para apresentar suas propostas. 

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