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Carlos Eduardo anuncia que vai concorrer ao governo

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Prefeito de Natal por quatro mandatos, Carlos Eduardo (PDT) anunciou, ontem, a renúncia ao cargo, a fim de disputar as eleições para governador nas eleições de 7 de outubro deste ano: “Deixo a prefeitura com saudade, mas deixo com o enorme sentimento do dever cumprido e ter sido o prefeito mais longevo e que todos os dias levantava cedo para trabalhar por Natal”.

Carlos Eduardo informa que deixa o cargo e vai se candidatar nas eleições deste ano

Carlos Eduardo informa que deixa o cargo e vai se candidatar nas eleições deste ano

#SAIBAMAIS#Carlos Eduardo anunciou, ainda, que já como ex-prefeito do município, viaja nesta segunda-feira (9) para Rio de Janeiro e São Paulo, onde passará pelo menos oito dias de férias e quando voltar “vai se dedicar às questões das alianças políticas”.

Segundo ele, até o dia 5 de agosto, que é o prazo final para realização das convenções partidárias para a homologação dos candidatos a cargos eletivos, estará “apresentando a chapa completa no sentido de que possa disputar as eleições”.

O ato de renúncia de Carlos Eduardo sai hoje no “Diário Oficial do Município”, mas ele disse à imprensa, no auditório dom Nivaldo Monte, no Parque da Cidade, que renunciava ao mandato atendendo uma convocação do seu partido e do povo de Natal, “porque aonde vou e aonde chego e em qualquer parte dessa cidade, sou convocado para ser candidato ao governo do Rio Grande do  Norte”.

Em seguida ao anúncio de concorrerá a um cargo majoritário no primeiro turno das eleições, Carlos Eduardo admitiu que tem consciência, caso eleito, do desafio que tem pela frente. “Aos que me dizem que a situação do Estado é de falência, respondo, é mais uma razão para tentar, isso não me apavora, porque quando voltei pela terceira vez para administrar Natal, encontrei uma cidade de cabeça para baixo e em colapso, nada funcionava na cidade, colapso na saúde, educação, assistência social, infraestrutura e limpeza pública”.

Carlos Eduardo relatou que ao voltar à administração do município, em 2013, encontrou “uma cidade triste e sem autoestima, que tinha perdido a perspectiva do presente e do futuro”. Agora, ele disse ter a certeza a “cidade hoje, vive os reflexos da crise nacional, a maior crise econômica da história do Brasil, sem precedentes, mas os seus reflexos devido a uma gestão que prima pela responsabilidade, trabalho, esforço permanente e incessante”. “A cidade não desandou, não perdeu não o prumo e nem o rumo”, acrescentou.

Segundo Carlos Eduardo, Natal enfrenta dificuldades como o Brasil enfrenta, “mas segue dentro de uma normalidade, onde as coisas acontecem, pois o natalense hoje tem autoestima, gosta daqui , uma cidade elogiada pelos turistas do Brasil e do mundo que nos visitam”.

Ao vice-prefeito Álvaro Dias, que estava ao seu lado, Carlos Eduardo disse ter “crença profunda”, de que essa gestão continuará avançando, “para que a gente tenha uma gestão com compromisso com a coletividade e a cidade”.

Carlos Eduardo também avisou que o futuro prefeito, Álvaro Dias, certamente terá um bom relacionamento com a Câmara Municipal de Natal (CMN), porque ele fez toda a sua carreira pública no Poder Legislativo.

“Então ele sabe a importância do  legislativo na condução de um governo e na condução de uma cidade, foi deputado por cinco mandatos, e sabe o quanto é importante um legislativo atuante, guardando naturalmente à sua independência, mas somando em favor da cidade”, afirmou.

Diante dos vereadores que acompanharam o seu pronunciamento, Carlos Eduardo também agradeceu à bancada. “Se realizamos, construímos e edificamos em favor da cidade, divido com os vereadores, que no exercício de sua função sempre estiveram com disposição de somar, não por adesismo, mas em favor de programas e obras que melhoraram a cidade de Natal”.

Bate papo com Carlos Eduardo, ex-prefeito de Natal

Alguns críticos e adversários falam que o senhor não cumpriu o compromisso da campanha de 2016 de que não deixaria a prefeitura para disputar um cargo majoritário em 2018?
Eu não pretendia ser candidato, mas é como afirmei, aonde vou, aonde chego, em qualquer parte desta cidade, recebo a convocação dos natalenses para ser candidato a governador do Rio Grande do Norte. Isso me tocou, esse foi o grande apelo e a grande motivação para que deixasse a prefeitura e ser candidato ao governo. Natal, quando eu ganhar a eleição, como pretendo ganhar, porque ninguém disputa para perder, vai ganhar um prefeito e governador.

Por que o senhor quer ser governador do Estado?
Primeiro, eu tenho a experiência de ter administrado o segundo maior orçamento do Rio Grande do Norte, com aprovações sucessivas. Se eu sou pela quarta vez prefeito, eleito pelo povo, é porque sou aprovado como gestor do segundo orçamento do Estado. A segunda alegação que quero levantar, é que tenho a experiência de ter administrado e encontrado uma cidade falida, administrativa, financeira e moralmente. E nós conseguimos resgatar a cidade. Isso é tão verdade que, na minha reeleição, a última, em 2016, recebemos 64% dos votos dos natalenses. Portanto, tenho a experiência e vivência com resultados extremamente positivos. Então, acho que tenho condições, se me eleger, de governar bem o Rio Grande do Norte e a convicção que tenho o devido preparo, a devida experiência, para enfrentar os desafios e fazer do Rio Grande do Norte um estado melhor.

O senhor sabe da situação de como pode pegar o Estado?
As informações que tenho são da leitura que saem na imprensa e na televisão,  que não nos permite uma radiografia maior da situação. Mas o que se mostra é uma situação difícil do ponto de vista de gestão fiscal, porque já faz quase um ano e meio que o Estado atrasa salários, a saúde, porque nas Upas e hospitais… Revelam que a saúde estadual está sucateada, hospitais regionais não funcional e o Walfredo Gurgel numa situação lamentável, o Santa Catarina da mesma forma e nossas Upas carregadas de pessoas (60%) que vêm do interior do Estado e o remédio que se acaba logo. Diante dessa situação de  descontrole fiscal e de serviços essenciais que não estão funcionando, imagino que seja uma situação muito difícil, mas, se é muito difícil, mas uma razão para se tentar.

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