Tendo como primeiro suplente o senador Jean Paul Prates (PT) e a ex-candidata à prefeitura de a prefeita do município de Rafael Godeiro, Ana Sufia (PC do B), o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), já adotou postura diferente à de 2018, quando declarou voto contra o PT e a favor do presidente Jair Bolsonaro. Candidato ao Senado na chapa da governadora Fátima Bezerra (PT), ele diz que a união dos partidos da coligação vai ajudar a acabar com o bolsonarismo.
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“Estamos trazendo uma das mais importantes legendas do Brasil e do Estado , dando condições de ampliar a maioria para Fátima”, disse durante a convenção do seu partido neste sábado (23. “E a união do Partido Democrático Trabalhista, do Partido dos Trabalhadores e do Partido Comunista do Brasil, que vai derrotar o bolsonarismo no Brasil”, enfatizou mais tarde na convenção do PT ao apresentar a chapa para o Senado.
Segundo ele, essa união de forças vai dar continuidade ao governo de Fátima, elegê-lo senador da República, além de uma maioria na bancada federal e estadual. “É dessa forma que a gente vai fortalecer esse grupo político que vai governar o Rio Grande do Norte e vai ajudar a mudar o Brasil”, disse ele.
Porém, Carlos Eduardo também vive outro impasse. Seu partido tem um candidato à presidência, Ciro Gomes, mas ele diz que é algo natural e que deve equilibrar os dois palanques. “Estamos nessa parceria em nível estadual e ficar entre os dois palanques é natural pelas alianças locais. Isso não acontecerá só aqui, mas em outros estados onde o PT e o PDT estão marchando coligados. Cada um com o seu, mas todos pela mudança do Brasil”, disse.
Justificando nova aliança com Fátima, de quem foi adversário, ele relembrou que, no passado também caminharam juntos em outras ocasiões. “Tivemos várias alianças políticas e administrativas. Votamos em Lula três vezes, duas em Dilma. Fátima já voltou em mim para prefeito. Eu já votei nela para prefeita. Então, já tivemos no passado uma aliança política e uma aliança administrativa porque o Partido dos Trabalhadores participou da nossa gestão. Temos hoje um encontro porque no campo nacional estamos unidos na oposição ao governo federal”, argumentou o candidato.
O PDT criou uma nominata com nove candidatos à Câmara Federal e 16 candidatos a deputado estadual. “O PDT está muito bem representado nessas eleições com a chapa competitiva que vai ajudar a Fátima e vai ajudar na nossa eleição proporcional”, frisou Carlos Eduardo.
Na convenção do MDB, Walter destaca a gestão do PT
O companheiro de chapa da governadora Fátima Bezerra (PT), deputado federal Walter Alves (MDB), defendeu durante as convenções dos partidos aliados que ocorreram neste sábado (23), a reeleição dela com a união dos partidos. Para ele, a gestora conseguiu reequilibrar as finanças e direcionar o estado para o crescimento. O MDB traz de volta à disputa o ex-senador e ministro Garibaldi Filho, que também foi governador do Rio Grande do Norte. Garibaldi, que disputa uma vaga à Câmara Federal, disse que o partido sairá mais forte dessas eleições.
“Eu creio que essa chapa vai ser vitoriosa, porque Walter foi um grande vitorioso nas eleições municipais quando nós chegamos, graças à sua atuação, eleger 38 prefeitos. Fátima é uma governadora cujo o reconhecimento da população está à frente disso. “Estamos bastante otimistas porque começamos a andar pelo Rio Grande do Norte e estamos sentindo um entusiasmo grande”, disse Garibaldi.
A confiança no trabalho da governadora foi apontada por Walter Alves como elemento que fortalece a campanha. “O governo anterior deixou quatro folhas salariais em atraso, algo em torno de R$ 1 bilhão e dívidas com fornecedores e a governadora, mesmo diante de tantas dificuldades, conseguiu reerguer, reequilibrar as finanças do Estado, dando capacidade de investimento com recursos próprios”, frisou.
Para continuar evoluindo na gestão, ele diz que ela terá o apoio do MDB. “Com o nosso MDB, com todos juntos, nós vamos unir forças para construirmos um futuro melhor”, disse.
Walter Alves também ressaltou a força do partido que hoje chega a 39 prefeitos, 30 vice-prefeitos e mais de 400 vereadores. “Temos Garibaldi Filho, como puxador de votos para a bancada federal. Temos Adjuto Dias como puxador de votos para a Assembleia. Esperamos eleger dois ou três deputados estaduais e dois deputados federais, além da nossa eleição na vice-governadoria”, prevê o candidato.
O MDB oficializou sua nominata com 9 postulantes à Câmara Federal e 23 candidatos a deputado estadual. Apesar do filho, Adjuto Dias, estar candidato pelo MDB, o prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), não compareceu à convenção do partido, que ocorreu ontem (23), no auditório do edifício Executive Park, em Natal.
Ezequiel declara apoio e pede empenho
O que parecia ser uma incógnita se revelou como oficial na convenção do PT, quando o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Ezequiel Ferreira, que preside o PSDB no estado, chegou ao evento de mãos dadas com a governadora Fátima Bezerra, declarou apoio à sua reeleição e convocou os eleitores a buscarem mais votos.
O PSDB liberou seus deputados e candidatos a Câmara Federal e Assembleia Legislativa para apoiarem qualquer um dos pré-candidatos a governador, principalmente Fábio Dantas, do Solidariedade e Fátima, do PT. A mesma decisão vale para senador da República, em que dos 12 deputados, 11 apoiam o ex- ministro Rogério Marinho (PL), enquanto o deputado Raimundo Fernandes apoia Carlos Eduardo Alves (PDT).
Ezequiel disse que a democracia garante a cada um a livre escolha, mesmo que seu partido se oponha, em maioria, à chapa pela reeleição da governadora. “Assim como é a democracia, onde todos têm a liberdade de escolha e de opinião, eu também tenho direito de ter a minha opinião, que está declarada, posicionada, confirmada, porque eu sei que quando se assume um governo, não se tem varinha mágica pra resolver tudo de uma vez só. Mas eu tenho que reconhecer que quatro anos é pouco para o que a governadora quer fazer pelo povo do Rio Grande do Norte”, disse ele.
A convenção protocolar do PSDB ocorreu durante a semana, quando os correligionários foram liberados. Ezequiel Ferreira informou que não tinha como, diante da divisão do partido, optar por um só candidato ao governo. Segundo ele, o candidato ao Senado, Rogério Marinho (PL) telefonou condicionando o apoio formal para o Senado a uma aliança com Fábio Dantas, o que não será possível.
Ao longo do mandato de Fátima, Ezequiel não fez oposição, mas garantiu-lhe governabilidade. Agora ele pediu aos eleitores que dêem mais quatro anos à gestora e que conquistem mais votos para tanto. “Que cada um vá à urna garantir esse voto, mas antes de ir à urna, que cada um vire um soldado dessa luta que é a luta do progresso, da vitória e do povo”, discursou Ezequiel Ferreira.
