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Carnaval e início de aulas aquecem setor de aluguéis

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Renata Moura – Repórter de Economia

Alugar uma casa no litoral do Rio Grande do Norte, para o Carnaval, pode representar um custo diário cerca de 50% maior para o consumidor, em comparação ao que teria em janeiro, período de alta estação, de veraneio aquecido e que, em decorrência disso, se registra um maior volume desse tipo de transação. A estimativa é do setor imobiliário, que, confirma: a busca por imóveis para o período de folia segue aquecida, mesmo significando mais peso no bolso.

Movimento é intenso para o carnaval nas praias, mas período mais curto faz com que preços fiquem mais elevados do que no veraneioO fato de ocorrer em temporada reduzida, ao contrário do veraneio, é um dos que tornam os aluguéis para o carnaval mais caros, diz o diretor da Procuradoria de Imóveis e ex-presidente do Sindicato das Empresas Imobiliárias do estado (Secovi RN), Renato Gomes Netto. “O proprietário precisa ter uma compensação porque não vai alugar o mês todo”, explica. Outro detalhe é que muitos proprietários que disponibilizam casas em janeiro não disponibilizam no carnaval, temendo que, por ser um período em que se intensificam os festejos e o consumo  de bebidas, haja deterioração do imóvel. “Muita gente fica receosa”, observa ainda.

De acordo com imobiliárias, o pico de demanda por imóveis para o carnaval já passou, mas, como em outros períodos, há sempre retardatários. Também há imóveis disponíveis. As praias mais procuradas no Litoral Sul são Pirangi e Cotovelo. No Norte,  as campeãs de preferência são Muriú e Jacumã. Os preços variam de acordo com fatores como localização, tamanho e estado de conservação do imóvel. Uma casa com uma média de três quartos, distante duas ou três ruas da praia, em Pirangi,  por exemplo, pode ser locada por uma média de R$ 3.500, durante sete dias.

Impulsos

Com o crescimento dos negócios sustentado principalmente pelo aumento poder aquisitivo da população, o mercado de aluguéis de imóveis não aquece, nesse período, apenas em função do carnaval. O setor também está pegando carona no início do ano letivo nas universidades para faturar mais. A demanda pelas locações, estimulada também por profissionais que vem de outros estados e cidades para trabalhar, se intensifica a partir de dezembro, registrando crescimento em volume de contratos, mas também em receita, nesse caso, com o impulso principalmente do veraneio.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE aponta que o número de domicílios alugados no estado aumentou em mais de 60% nos últimos sete anos, incluindo casas, apartamentos e cômodos destinados à moradia.

Estudantes elevam em 20% procura

Nos primeiros meses do ano, o início das aulas nas universidades e faculdades também serve de impulso às locações residenciais no estado. Segundo o presidente do Sindicato das Empresas Imobiliárias do estado (Secovi RN), Jailson Dantas,  os estudantes elevam em cerca de 20% a procura principalmente por apartamentos no período e faltam unidades em áreas mais centrais para atender a tanta demanda.

A busca dos consumidores, em grande parte vindos de cidades do interior potiguar ou de outros estados, é, principalmente, por imóveis mais centrais, que permitam chegar ao local de estudo sem complicações no trânsito. Quanto mais facilidades, entretanto, mais caro o aluguel fica. De acordo com informações do Secovi, um apartamento com dois quartos, pode custar entre R$ 800 e R$ 1.200. Mas, claro, dependendo da localização, da taxa de condomínio, do estado de conservação e do tamanho do imóvel, o aluguel pode representar um gasto mensal ainda maior.

Áreas mais distantes têm sido opção para quem quer economia e mais alternativas. “Como as opções em bairros mais centrais estão escassas, muita gente tem optado por áreas como Nova Parnamirim,  onde está havendo uma concentração muito grande de imóveis”, observa Dantas.  Os preços na região também têm estado mais convidativos e podem ser encontrados a partir de R$ 600, de acordo com o sindicato.

Renato Gomes Netto diz que o aquecimento de aluguéis residenciais, que não são para temporada, se intensifica a partir de dezembro e segue forte até fevereiro. O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, Waldemir Bezerra, acrescenta que o consumidor deve analisar bem o imóvel e o contrato antes de fechar negócio. Ele recomenda que as locações sejam intermediadas por empresas do ramo, que, afirma, selecionam os interessados, prestam assessoria às partes e conferem mais segurança à transação.

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