Entre o cartum e a charge, Antônio Amâncio, 35 anos, prefere o primeiro. No entanto, como se diz no futebol, é o tipo de profissional que joga nas 11. Ou seja: encara tudo o que vier pela frente. Premiado em salões de humor do País, Amâncio foi convidado pelo sebista Abimael Silva para fazer uma exposição de seu acervo particular no vigésimo ano da Feira de Sebos de Natal, que segue até a próxima quarta-feira na praça André de Albuquerque, no Centro Histórico. Quem quiser conferir a mostra ainda poderá sair da Feira com uma caricatura, em papel ofício, feita na hora por Amâncio. “É uma forma de atrair o público. Por isso vou cobrar apenas R$ 5 por cada caricatura”, conta.
Para dar uma cara à exposição, Amâncio decidiu apresentar os cartuns que criou sobre o aquecimento global e outros temas ligados ao meio ambiente. “Batizei de "O Grito da Terra" porque é um tema atual, está todos os dias nos jornais. O homem ainda não tem essa consciência de preservação. Essa exposição é formada por cartuns. Mas me pediram também para levar algumas charges que tenho feito sobre política”, disse.
Indagado sobre como usa o humor quando vai tratar de denúncias ambientais, ele admite que, nesses casos, é o humor negro que prevalece. “É humor negro sim, o aquecimento global, por exemplo, é um problema sério. Mas as autoridades não vêem assim”, analisa.
Na feira, Amâncio divide o estande da exposição com o artista plástico Marcelo Fernandes, que realiza uma oficina de giz de cera para a garotada.
