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Casos de gripe H3N2 preocupam especialistas

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A pandemia de covid-19 ainda é uma preocupação global e, no caso do Brasil, outro problema de saúde pública tem deixado a população e as autoridades sanitárias em alerta: o crescente número de casos de gripe, com predominância da subtipagem H3N2, o qual já tem sido caracterizados como surto em alguns estados do País.
Para Kleber Luz, há o risco de que nos meses de março e abril haja aumento do número de casos de covid, com a variante ômicron
#SAIBAMAIS#
No Rio Grande do Norte, o aumento de infecções pelo vírus Influenza superlotou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Grande Natal na quarta-feira (22). A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) fez um apelo para que a população busque proteção contra a doença, por meio da vacinação.
Para o epidemiologista Ion de Andrade, os surtos de Influenza registrados no País em dezembro são considerados fora de época, o que dificulta afirmar o que deve acontecer daqui para frente. “O cenário está aberto.  A gripe pode surpreender e se tornar uma epidemia no Brasil. Mas pode ser também que isso não aconteça, assim como não dá para dizer que aqui teremos o mesmo cenário de surto observado no Rio de Janeiro”, afirma Ion de Andrade.
Para evitar confusões com os casos de infecção por covid-19, a aposta deve ser no diagnóstico. Medidas restritivas como as adotadas para conter a covid-19 não são necessários em casos de gripe, na avaliação do infectologista André Prudente.
“Não há tanta expectativa em relação a medidas restritivas para prevenir a gripe, porque essa variante costuma provocar epidemias locais. O que poderia causar restrições seria uma possível pandemia, o que necessitaria da entrada de um novo vírus em circulação”, define. 
“Mas a H3N2 circula na comunidade há muitos anos. Acredito que o cenário em 2022 será como os anteriores. A gente registra muitos casos de Influenza sempre, mas nuca a ponto de se igualarem à pandemia de covid”, avalia Prudente. No último dia 18, a Sesap registrou o primeiro caso de coinfecção por covid-19 e H3N2 no Estado.
A situação, no entanto, é incomum, conforme atestam os especialistas ouvidos por esta reportagem. “Geralmente os casos de coinfecção não são comuns. Na verdade, o que geralmente acontece é uma competição entre os dois vírus, onde um inibe o outro”, revela Kleber Luz.
“Esse encontro entre as duas infecções pode acontecer, mas não será a situação principal. Ou as pessoas terão uma doença ou terão outra.
 Também não dá para dizer se a gripe poderá agravar a covid e vice-versa. É muito cedo para afirmar isso”, comenta Ion de Andrade. 
André Prudente, concorda: “Dois vírus ao mesmo tempo no aparelho respiratório não é habitual, mas é possível. Não se sabe dizer se isso pode tornar uma das doenças mais graves, mas é preocupante, porque não se tem ciência como a doença vai evoluir nesse cenário”.
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