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Casos de sarampo tendem a dobrar

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São Paulo (AE) – O número de mortes por sarampo poderá dobrar até o meio do ano nos países africanos que têm sofrido com a epidemia do Ebola, de acordo com um estudo publicado  na revista Science. O estrago causado pelo Ebola nos sistemas públicos de saúde da Libéria, Guiné e Serra Leoa, explicam os cientistas, teve impacto negativo no índice de vacinação de crianças contra o sarampo, o que poderá desencadear um grande surto da doença nesses países.

Segundo os autores do estudo, é comum que grandes crises humanitárias sejam seguidas de surtos de sarampo. Eles afirmam que já há uma epidemia de sarampo na região endêmica do Ebola, mas, com a saúde pública devastada, a interrupção dos programas de imunização infantil poderá provocar uma explosão dos casos. Durante a epidemia do Ebola, vários hospitais e clínicas foram fechados ou ficaram desertos em decorrência da aversão pública por locais potencialmente contaminados.

No início da epidemia do Ebola, no começo de 2014, foram registrados 127 mil casos de sarampo nos três países. A previsão é de que, 18 meses depois, esse número aumente para algo entre 153 mil e 321 mil. Os pesquisadores alertam, no artigo, que isso deverá provocar entre 5 mil e 16 mil mortes adicionais relacionadas ao sarampo. O Ebola já matou cerca de 10 mil pessoas e infectou cerca de 24 mil, segundo os autores.

Os cientistas, de universidade britânicas e norte-americanas, usaram sofisticadas técnicas de modelagem matemática para prever a provável taxa de alastramento do sarampo, levando em conta fatores como taxas de natalidade e suscetibilidade à infecção. De acordo com um dos autores, o geógrafo Andy Tatem, da Universidade de Southampton, o estudo forneceu um mapa de dados de alta resolução, mostrando informações detalhadas sobre a distribuição e idade das populações. “A epidemia do Ebola é uma das piores crises de saúde pública em tempos recentes, deixando dezenas de milhares criticamente doentes e causando milhares à morte.”, afirmou.

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