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Castello Branco diz que vai analisar ativos da Petrobras para definir vendas

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O novo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que tomou posse
no cargo nesta quinta-feira, 4, disse que o seu desejo é transformar a
empresa numa campeã. Apesar dos poucos comentários sobre
desinvestimentos, afirmou que ainda estuda os ativos e modelos de venda
que serão adotados, inclusive para a BR Distribuidora. Mas enfatizou que
a prioridade continua a ser a área de exploração e produção de petróleo
e gás natural e que a intenção é aumentar ainda mais a produção.
“Parecemos envergonhados em explorar commodities. Vamos explorar
recursos naturais e produzir valor para o Brasil”, disse o executivo.

Castello Branco ainda demonstrou interesse em avançar no segmento de gás
natural e citou o exemplo japonês, de utilização do combustível para
fins automotivos, como alternativa a ser adotada também no País.

Segundo ele, nos últimos dois anos, a gestão da companhia apenas atuou
para evitar o seu rebaixamento. Para transformar a petroleira numa
campeã, está disposto a aplicar a cartilha liberal, de competição e
preços livres, perseguida por toda a equipe econômica do governo recém
empossado, disse ele.

Em seu discurso de posse e, posteriormente, numa breve entrevista
coletiva, Castello Branco reafirmou que permanecerá praticando a
política de preços dos combustíveis de paridade internacional e que
aguarda por concorrentes no refino. Em sua opinião, isso deve funcionar
para beneficiar a população, que só assim deverá perceber a redução dos
preços dos combustíveis. Ele criticou a adoção de subsídios pelo
governo.

“Os preços de mercado são um farol do que podemos produzir mais ou menos”, disse o presidente da estatal.

Privatização
A privatização da Petrobras não está na pauta do governo Bolsonaro,
disse Castello Branco. Em uma primeira e rápida coletiva após a
cerimônia de posse, o executivo afirmou que “a redução da participação
do governo na Petrobras não está sendo discutida”.

Ele evitou adiantar possíveis mudanças que serão feitas na empresa,
informando apenas que já viu o Plano de Negócios 2019-2023 da companhia e
que, em princípio, achou “muito bom”, mas que ainda precisa olhar com
maior detalhamento. “Tive uma visão superficial do Plano de Negócios,
vamos avaliar”, disse.

Castello Branco afirmou também que não terá nenhum problema na relação
com os sindicatos ligados à companhia e que pretende ter uma relação
aberta com a categoria.

Diretoria
Apenas com o novo chefe de gabinete escolhido – o vice-cônsul do Brasil
em Nova York, Roberto Ardhenguy -, Castello Branco disse que ainda vai
avaliar a nomeação dos seus diretores, e que serão escolhidos “por serem
comprometidos com geração de valor”. “A escolha de diretores será feita
oportunamente”, disse.

Castello Branco informou ainda que vai avaliar a retomada da construção
do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), cuja continuidade
havia sido confirmada pela gestão anterior, de Ivan Monteiro.

O ex-presidente, inclusive, não compareceu à posse de Castello Branco,
que recebeu o crachá com o nome de Roberto C.Branco das mãos da então
presidente interina Solange Guedes. Segundo Castello Branco, Monteiro
não compareceu por problemas de saúde.


Estadão Conteúdo
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