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Ceará tem 51 assassinatos em 2 dias

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A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará informou que, desde o início da paralisação de policiais e bombeiros militares no estado, no último dia 18, até quinta-feira (20), foram registrados um total de 51 assassinatos, uma média de 25,5 por dia, considerando um intervalo de 48 horas.

Militares da Força Nacional de Segurança e do Exército brasileiro atuam no patrulhamento das ruas da cidade de Fortaleza

#SAIBAMAIS#Os crimes englobam casos que se enquadram como homicídio doloso, feminicídio, lesão corporal seguida de morte e latrocínio. Antes do motim de integrantes das forças de segurança estaduais, a média de assassinatos no Ceará era 6 por dia. 

Desde a manhã desta sexta-feira (21), militares das Forças Armada atuam no policiamento nas ruas e avenidas de Fortaleza. A presença de tropas federais foi uma solicitação do governador Camilo Santana ao governo federal, que decretou Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Ceará até o dia 28.

Também por solicitação do governo do Ceará, um contingente de 120 homens da Força Nacional de Segurança chegou ao estado para se somar ao efetivo de patrulhamento ostensivo. Eles permanecerão na região por 30 dias.

Os policiais militares amotinados no 3.º Quartel da Polícia Militar de Sobral, local onde o senador licenciado Cid Gomes (PDT) foi atingido por dois tiros de pistola na quarta-feira, 19, sumiram da cidade, que teve uma quinta-feira de comércios abertos e patrulhamento policial visível na rua. No município, moradores se questionam se os agentes deixaram Sobral ou se só tiraram as máscaras e voltaram à rotina, destaca o jornal O Estado de S. Paulo.

A escavadeira que Cid guiava quando foi atingido passou parte do dia ainda no local do tiroteio, ao redor de fitas de isolamento e em meio a cacos de vidro quebrados e pedras. Foi retirada apenas no início da noite, levada por peritos, segundo contaram moradores e comerciantes. Dentro do quartel, entretanto, ainda não há quadros regulares de PMs. O prédio está ocupado por agentes do batalhão ambiental da PM e do Raio, um grupo de elite similar à Rota paulista, que não haviam aderido ao motim de quarta.

“Quando o pessoal (dos demais batalhões) chegou, (quinta-feira) de manhã, os caras (amotinados) já tinham ido embora. Foram embora à noite, depois da confusão”, conta o aposentado Sebastião Amado, de 73 anos, que mora próximo do quartel. Ele disse que a tensão maior havia sido na quarta de manhã, quando houve o toque de recolher.

Insegurança
O comércio do centro de Sobral havia sido fechado depois que homens, em viaturas da PM, vestindo roupas à paisana e com capuzes ou camisetas nos rostos mandaram os comerciantes baixarem suas portas.

Longe da base policial invadida, os comerciantes ficaram na dúvida sobre fechar ou não as portas na quarta-feira. Mas se queixaram de ainda se sentirem inseguros. “Não teve nada por aqui. Nem toque de recolher, nem viatura abandonada com pneu murcho. Mas a notícia se espalhou, né? Estava todo mundo sabendo “, disse a balconista Laurane Ferreira. “A gente ficou inseguro “

“Eles ficaram o dia todo lá. Será que levaram arma, levaram bala, levaram escopeta? Não teve ninguém falando isso. O que ainda pode acontecer?”, disse o aposentado Cosme Mendes, de 69 anos.

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