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Cem anos de Charmes

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Alex Medeiros 
O poeta francês Paul Valéry só escreveu seu primeiro livro aos 36 anos, mas com todo o tempo necessário para se tornar depois um dos maiores da literatura universal e um dos poetas mais lidos e revisitados nos últimos cem anos. O americano Ezra Pound, que dividiu com T. S. Eliot o protagonismo na explosão do movimento modernista no início do século XX, dizia que Paul Valéry era “um mestre da linguagem”. Pound nasceu 14 anos depois de Valéry.
Está fazendo cem anos da publicação de um dos mais importantes livros de poesia de Paul Valéry, “Charmes”, de 1922 e que só foi traduzido no Brasil em 2020 em plena pandemia. A obra tem forte influência de dois grandes poetas admirados pelo autor, o americano Edgar Allan Poe e o francês Stéphane Mallarmé. O livro, que aqui ganhou título de “Feitiços”, tem os poemas relacionados entre si como se o poeta erguesse um prédio onde os versos fossem como andares. Abaixo, um dos poemas centenários de Paul Valéry.
Poesia
Tomada pelas surpresas,
uma boca que bebia
se separa de suas penas
no seio da Poesia
– Ó minha mãe Inteligência,
de onde vinha o doce deleite,
qual é dessa negligência
que deixa secar seu leite!
Teu peito mal me continha
premido em branca união
me embalava a onda marinha
de teu lauto coração.
Apenas, em teu céu turvo,
abatido em tua beleza,
sentia, sombra que sorvo,
me invadir uma clareza!
Deus perdido em seu intento,
e em seu deliciar-se,
dócil ao conhecimento
do supremo apaziguar-se.
Eu tocava a noite pura,
não sabia mais morrer,
pois um rio sem ruptura
parecia percorrer-me…
Diz, por que crença vazia,
por que sombra ressentida,
a veia que maravilha
nos meus lábios foi rompida?
Ó rigor, ó signo insigne 
que à minha alma não apraz!
O silêncio, voo de cisne,
entre nós não reina mais!
Dos meus tesouros me veda
a tua pálpebra eterna
e a carne que se fez pedra
sob o meu corpo foi terna!
Mas, suspendida, a Fonte
sem dureza retrucou:
– me mordeste assim tão forte
que meu coração parou!
Chapa 
É hoje às 19h30, na sede do partido Patriota, em Lagoa Nova, o lançamento da pré-candidatura de Clorisa Linhares ao governo do estado. Na ocasião, a legenda oficializará o apoio à candidatura ao Senado de Ney Lopes, do PMB.
Candidato 
O nome do senador Styvenson Valentim tem aparecido em todas as pesquisas espontâneas para governador, mesmo sem a sua confirmação na disposição de encarar a disputa. Talvez o nome dele passe a constar nas estimuladas.
Top Ten 
Segue mais uma lista dos dez maiores craques do Brasil, agora elencada pelo publicitário Jener Tinoco. Seu top ten é composto com Pelé, Zico, Garrincha, Ronaldo, Rivaldo, Romário, Ronaldinho, Rivellino, Júnior e Neymar.
Besteira 
Todo dia a Folha e o UOL destacam entidades denunciando o Brasil em foros internacionais, mas todas as citadas não têm qualquer relevância no contexto político-diplomático do mundo. São somente siglas de militância ideológica.
Maldição 
João Doria foi só mais um governador paulista a experimentar a maldição que nos últimos 100 anos só não pegou Washington Luís, eleito presidente em 1920, e Jânio Quadros, eleito em 1961. São 61 anos sem paulista no Planalto.
Top Ten 2 
A lista a seguir foi elaborada pelo comunicador Enio Sinedino, o timoneiro da nau 96 FM. E ficou assim: Pelé, Garrincha, Zico, Neymar, Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Rivellino, Carlos Alberto Torres e Sócrates.
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