A bancada federal do Rio Grande do Norte em sua maioria não sabia do represamento dos R$ 250 milhões do PAC Estiagem, valores prometidos para o Rio Grande do Norte desde o ano passado pelo Governo Federal. Os parlamentares consultados pela reportagem disseram desconhecer a situação do estado quanto ao fato de os valores, que já haviam sido garantidos pela presidenta Dilma Rousseff, não haverem sido liberados. Mas demonstraram preocupação com o cenário.
O coordenador da bancada potiguar em Brasília, deputado federal João Maia (PR), confessou que o assunto não foi posto nas nas discussões conjuntas dos representantes do estado. Mas ressaltou que os recursos são necessários e que a atenção será redobrada após o desabafo da governadora na edição de ontem da TN. Rosalba questionou o anúncio de R$ 9 bilhões de Rousseff, durante encontro com os governadores do Nordeste, para combater a estiagem, quando os valores atrasados sequer foram liberados.
João Maia lembrou, no entanto, que no último encontro com a governadora, o único assunto externado na ocasião – quanto a problemas gerados pela seca – foi o pedido de ajuda para que a Funasa liberasse R$ 27 milhões, cujo montante seria destinado à perfuração de poços. “Essa é uma informação nova que ela [Rosalba] está prestando e que merece o devido acompanhamento e cobrança. Nós temos que ficar atentos para evitar qualquer tipo de discriminação, se estiver ocorrendo”, reforçou o senador José Agripino Maia (DEM). E completou: “Eu não sabia dessa situação, mas é claro que esse é um assunto que deve ocupar as preocupações da bancada. De minha parte vou adotar as devidas providências. Eu vou conversar com a governadora e vamos fazer a devida e indispensável cobrança”, frisou o senador.
#SAIBAMAIS#
Antes do encontro com a presidenta, a governadora se reuniu com auxiliares para definir os pleitos que seriam apresentados como prioritários. Rosalba Ciarlini solicitou o aumento na quantidade de milho e a agilidade na entrega do produto que chega aos criadores potiguares. Outro pleito da governadora foi a liberação dos recursos do PAC da Seca, destinados a programas de convivência com a seca. Mas não há, nesse caso, nem mesmo definição de quanto caberá a cada Estado nordestino. O Governo não tem levantamentos sobre quanto pode ser liberado para o Estado por intermédio deste programa, que foi elaborado para assegurar investimentos na construção de barragens, execução de projetos dos perímetros irrigados e instalação de poços tubulares.