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Centrais se unem contra propostas de alterar direitos do trabalhador

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São Paulo (AE) – As principais centrais sindicais se reuniram ontem, em São Paulo, e aprovaram um documento contrário às propostas do governo do presidente em exercício Michel Temer para alterar direitos trabalhistas. O documento será entregue ao governo.

Durante a assembleia, os sindicalistas discutiram propostas para aumentar a criação de empregos e se mostraram contrários, sobretudo, ao aumento da idade mínima para aposentadoria e ao avanço da lei de terceirização.

O encontro contou com a participação dos presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

“A nossa unidade surgiu pela necessidade de criação de empregos. Nós também fechamos unidade para que não se altere os direitos dos trabalhadores”, afirma o presidente da CUT, Vagner Freitas. “Podemos chegar inclusive à greve se o governo retirar direitos”.

O governo Temer já sinalizou que é favorável ao avanço da terceirização, e ainda discute alterações nas regras da Previdência como forma de ajustar as contas públicas. “A Previdência precisa de alteração, mas é preciso abrir um debate com a sociedade. É preciso aperfeiçoar o sistema previdenciário e não acabar com ele”, afirma Freitas.

A unidade das centrais sindicais também marca uma reaproximação dos sindicalistas depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Ao longo do processo, a CUT tem se posicionado de forma contrária ao impeachment da petista, enquanto o deputado Paulinho da Força, parlamentar do Solidariedade e presidente da Força Sindical, foi um dos principais articuladores na Câmara dos Deputados para o afastamento de Dilma.

“Não tem decepção com esse governo (Temer). Acreditamos que ele vai recuperar a economia, mas achamos que isso está demorando”, diz Paulinho. “Na questão da reforma da Previdência, eu acho que é possível chegar a um acordo que resolva o problema do déficit sem alterar o direito daqueles que estão no mercado de trabalho. E na questão trabalhista não é hora do governo discutir esse assunto. Se o governo insistir nisso, ele vai ter problemas pela frente”, afirma o deputado.

Além das questões trabalhistas e previdenciárias, os sindicalistas pediram a redução da taxa básica de juros e da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem diminuição de salário.

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