A obra de renovação da cerca do Parque das Dunas, que deveria ser entregue em junho, foi adiada para o mês de outubro
Segundo Abelardo Alves, engenheiro responsável pelo serviço, a obra estava orçada em R$ 715 mil, subindo para R$ 890 mil, recursos do próprio Idema. O acréscimo financeiro se deu pela necessidade da compra adicional de areia e concreto, que estão sendo adicionados junto às estacas, que também aumentaram: de 3.000 para 3.300.
“Um dos motivos da prorrogação do prazo em virtude do tipo de material utilizado, ela é ecológico mas é vulnerável no ponto de vista estrutural. Em alguns trechos, que chamamos de mourões, tivemos que colocar duas estacas a mais para dar mais resistência”, disse à TRIBUNA DO NORTE, acrescentando ainda que o cercado já está com 85% de conclusão.
Ao todo, as estacas estarão sendo distribuídas em 10.060 metros para cobrir o Parque das Dunas. O material que vai proteger o parque tem uma composição diferente da anterior: tratam-se de estacas de madeira construídas a partir de resíduos de plástico e pó de madeira.
O atraso no cronograma da obra, explica, se deu pelo fato do atraso na entrega do material, que só é produzido no Rio Grande do Sul, aliado ao fato de que o material, embora seja ecologicamente correto, precisou ser enchido com areia e concreto para garantir sua sustentação.
“Elas são vazadas, não é maciça como é de concreto. Ela é ecologicamente correta do ponto de vista ambiental, mas tem dificuldades de estrutura. Como ela é vazada tivemos que enchê-las de concreto e de areia. Em todos os mourões enchemos elas de concreto e em todas as outras 3.000 estacas enchemos de areia. Tudo isso foi custo que foi adicionado”, completou.
Antes, o cercado do Parque das Dunas era de concreto armado. De acordo com Abelardo, o ferro começa a oxidar e aumenta de tamanho, rachando o componente, aliado ao fato de que a “ação da maresia é muito forte” no trecho da Via Costeira, por exemplo.
A nova estrutura tem uma garantia de 15 anos sem manutenção por parte do fabricante, segundo Abelardo. “Não oxida porque não tem ferro, não deteriora porque não tem cimento e areia. Tem revestimento liso, sem penetração de oxigênio para deteriorar a peça. Em cima dela é vazada, mas tem uma capa para evitar entrar água e não comprometer a estrutura da estaca”, defende Abelardo.