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Chávez rompe com a Colômbia

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Caracas (AE) – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou ontem o rompimento de relações diplomáticas entre seu país e a Colômbia e ordenou “alerta máximo” na fronteira. A decisão do líder venezuelano é uma reação às acusações do governo colombiano de que a Venezuela estaria dando abrigo aos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Hugo Chávez: Uribe é um doente, está repleto de ódioO governo da Colômbia não se pronunciou de imediato sobre o rompimento das relações. No momento do anúncio, o chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, encontrava-se em Lima para uma reunião da Comunidade Andina de Nações.

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, impôs prazo de 72 horas para que o corpo diplomático colombiano deixe o país. O chanceler disse ainda que Caracas está preparando “outro conjunto de decisões em matérias econômica, aeronáutica e comercial para defender a dignidade do país”.

As relações entre Venezuela e Colômbia passaram por diversos momentos de desgaste nos últimos anos, mas não haviam chegado ao ponto do rompimento formal. A ruptura ocorre cerca de um ano depois de Chávez ter ordenado o congelamento das relações com Bogotá, o que levou a uma redução de 70% das exportações colombianas à Venezuela.

Colômbia mostra fotos de ‘acampamentos’ à OEA

O rompimento das relações foi anunciado horas depois de o embaixador colombiano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Alfonso Hoyos, ter exibido durante reunião da entidade fotos de satélite que mostravam o que qualificou como “acampamentos de verão” de guerrilheiros das Farc em território venezuelano.

Hoyos também pediu que a OEA enviasse uma comissão internacional à Venezuela dentro de 30 dias, para visitar os lugares onde estariam localizados os supostos acampamentos guerrilheiros.

“Não nos resta senão romper completamente as relações diplomáticas com a Colômbia”, anunciou Chávez ao lado do técnico da seleção de futebol da Argentina, Diego Maradona, que está visitando o presidente venezuelano.

Chávez também ordenou alerta máximo das forças venezuelanas na fronteira com a Colômbia. “Vamos esperar que nada mais sério aconteça” até que o presidente colombiano, Alvaro Uribe, deixe seu cargo, em 7 de agosto.

“Vejo-me obrigado a romper relações com o governo da Colômbia por dignidade. É o mínimo que podemos fazer”, disse o líder venezuelano. “Ficaremos em alerta porque Uribe é um doente, está repleto de ódio”, afirmou.

Chávez também chamou Uribe como “mafioso” e “fantoche do império ianque”. Ainda segundo o presidente da Venezuela, Uribe “está doente de ódio porque irá para o lixo da história” quando deixar a presidência colombiana.

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