Pequim – A China parou por três minutos na tarde de ontem para homenagear as vítimas do pior terremoto no país desde 1976, que até agora deixou 34 mil mortos, 9.500 soterrados e 29 mil desaparecidos, em uma indicação de que o número de vítimas fatais deverá superar os 50 mil estimados inicialmente pelo governo. Às 14h28 de ontem, horário do terremoto ocorrido uma semana antes, chineses ao redor do país de 1,3 bilhão de habitantes interromperam o que estavam fazendo e ficaram em silêncio, enquanto as buzinas de carros, ônibus, trens e sirenes de edifícios e fábricas soaram durante três minutos.
Em Pequim, o trânsito incessante de carros, pedestres e bicicletas parou momentaneamente e os cruzamentos ficaram vazios. A última vez em que a China teve três dias de luto nacional foi na morte de Mao Tsé-tung, o principal líder do país, em 1976. Cerca de 2,6 mil pessoas se reuniram na praça Tiananmen, o coração de Pequim, para homenagear os mortos e assistir à cerimônia de colocação da bandeira a meio mastro. Passados os três minutos de silêncio, todos começaram a gritar “Longa Vida à China!”, levantando punhos cerrados no ar.
Mianmar
A Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean, pelas iniciais em inglês) anunciou ontem que o governo de Mianmar (antiga Birmânia) está disposto a receber equipes médicas das nações vizinhas para ajudar as vítimas do ciclone Nargis. Segundo dados do governo de Mianmar, pelo menos 78 mil pessoas já morreram desde que o fenômeno atingiu o país, no dia 2 de maio. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que o número de mortos na tragédia deve superar 100 mil.