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Chove em 31 municípios potiguares

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Depois de meses de calor e seca,  a Emparn registrou ocorrência de chuvas em 31 municípios do Rio Grande do Norte durante o final de semana.  As maiores chuvas foram em Nísia Floresta (29,6mm), Touros (24,0mm), Serrinha (22,9mm) e Natal (17,2mm). E a previsão é de mais chuvas para os próximos dias.

“No final de semana as chuvas se concentraram mais no Litoral e no Agreste. A previsão para os próximos dias é predominância de tempo parcialmente nublado em todas as regiões com ocorrência de pancadas de chuva. Vai chover no interior também, mas no horário de tarde e noite. As chuvas devem aumentar a partir da quarta-feira”, disse o chefe do setor de meteorologia da Emparn  da Emparn, Gilmar Bristot.

Ainda de acordo com Bristot, essas chuvas não são sinais de que o inverno será bom para o Estado.  Ele explicou que como o mês de janeiro faz parte da pré-estação chuvosa é comum que aconteçam essas precipitações de verão.

Apesar das chuvas do final de semana terem atingido 31 municípios do RN, aqueles em que a situação da seca é mais complicadas pouco choveu. De acordo com o boletim da Emparn, de sexta-feira (11) até a a manhã desta segunda (14) só foi registrada ocorrência de chuva em três município do Oeste Potiguar. São eles: Janduís (8,6mm), Martins (2,1mm) e Patu (1,0mm). Na mesorregião Central Potiguar choveu apenas em  Cerro Corá (5,3mm). No Agreste Potiguar, a choveu em 17 municípios, com precipitação que variou de 22,9mm (Serrinha) a 4,7mm (Lagoa Salgada).

Nos dia 23 e 24 de janeiro meteorologistas da região Nordeste vão se encontrar em Fortaleza para  discutir acerca da previsão climática da região. Em reunião que aconteceu em dezembro,meteorologistas de vários estados reunidos em Campina Grande, chegaram à conclusão de que o período de janeiro a março de 2013 terá um regime de chuvas “entre normal e abaixo do normal”. Essa reunião faz parte de uma série de encontros entre meteorologistas, pesquisadores e técnicos acerca da previsão climática para o semiárido.

Morosidade das prefeituras agrava escassez de água

A Defesa Civil do Rio Grande do Norte é responsável pela oferta de carros pipa a 52 municípios do Estado. O trabalho do órgão, contudo, esbarra em dois obstáculos: a escassez de veículos e, o mais grave deles, a falta de interesse de 12 prefeituras que, em pleno período de estiagem, ainda não manifestaram interesse de receber o benefício. Outros 12 municípios também não participam do programa capitaneado pelo Governo Federal, mas por uma razão diferente:  ainda não apresentaram a documentação necessária. Ao todo, moradores de 24 cidades  estão sobrevivendo  apenas da água que vem de reservatórios cada vez mais debilitados.

Atualmente, 142 municípios do RN se encontram em estado de emergência, situação decretada em abril de 2012 pelo Governo Estadual. 94 deles – incluindo outros em condições mais amenas -, são abastecidos por carros pipa operacionalizados pelo Exército, que trabalha em  parceria com a  Defesa Civil nacional.

No segundo semestre do ano passado, R$ 2 milhões e 600 mil foram enviados pelo órgão federal para a contratação de carros pipa que deveriam abastecer os  52 municípios sob responsabilidade da Defesa Civil no Estado, valor já empregado na contratação de 38 motoristas. Hoje, eles abastecem 28 municípios potiguares e beneficiam mais de 26 mil pessoas.

Segundo o tenente Lavínio Flávio, assessor técnico da Defesa Civil, muitos municípios  ainda não recebem  a atenção devida, e a culpa, de acordo com ele, é da falta de interesse dos prefeitos. “Há uma séria de exigências a serem cumpridas, como a criação de um comitê de fiscalização e de um órgão de Defesa Civil no municípios interessado, mas alguns prefeitos ainda não se envolveram. Não há comprometimento”, disse.

Lavínio explica que, nas cidades onde houve mudança na administração, o processo de concessão de carros pipa pode ser ainda mais demorado. “Em alguns casos, a Defesa civil municipal foi criada apenas simbolicamente e não representa qualquer melhoria para a comunidade”, afirmou.

Por outro lado, outros municípios, como Tenente Ananias, Água Viva, Rafael Fernandes e Jardim de Piranhas correm o risco de perder o auxílio, uma vez que não apresentaram o relatório mensal que avalia a condição das cisternas, população e distância entre a cidade e o reservatório mais próximo.

A outra face do problema é a quantidade de carros-pipa disponíveis, abaixo do necessário. Em setembro do ano passado, a Defesa Civil do Estado abriu edital para a contratação de carros que pudessem auxiliar na distribuição da água, mas não conseguiu preencher todas as vagas.      

Para Lavínio Flávio,  muitos motoristas  não querem   trabalhar na área porque que se trata de um serviço pesado: há casos em que a distância entre a cidade e o reservatório ou o poço mais próximo ultrapassa os 80 km. Motoristas da Paraíbas foram convocados para combater o deficit.Além das grandes distâncias, há ainda uma série de exigências que os candidatos precisam cumprir, e que podem ser impeditivas: qualidade da higienização do tanque, estar em dias com o Código Brasileiro de Trânsito e possuir equipamentos de segurança. 33 itens são avaliados durante a vistoria, entre eles:  faróis, condições dos pneus, buzina, extintor de incêndio, cinto de segurança, ausência de propaganda política e condições gerais do tanque. “Já reabrimos o edital  uma vez, mas não foi suficiente. Agora esperamos que os prefeitos ausentes decidam ajudar a população”, comentou o sargento da Defesa Civil Jorimar Gomes.

Municípios que ainda não recebem carros pipa:

Almino Afonso, Poço Branco, Sítio Novo, Macau, Lagoa Nova, Guamaré, Cruzeta, Caiçara do Norte, Galinhos, Timbaúba dos Batistas, Itaú, Santana do Seridó, Paraú, Triunfo Potiguar, Areia Branca, Baraúna, Grossos, Paraná, Riacho da Cruz, Encanto, São Miguel, Rafael Godeiro, Itajá, Pendencias.

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