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Chuvas deixam 10 mortos e desalojam 70 mil no Nordeste

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Recife e Maceió (AE) – As consequências dos temporais que atingem os Estados de Pernambuco e Alagoas continuam se agravando. Ontem, o número de mortos chegou a dez e o de desalojados e desabrigados, a cerca de 70 mil pessoas. O governo pernambucano ampliou de 15 para 24 a quantidade de municípios em estado de emergência no Agreste e na Zona da Mata Sul. Em Alagoas, há 26 cidades nessa situação.

De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Márcio Stefanni, a classificação de emergência “segue uma ordem natural da administração pública”. “O estado era de calamidade, porque tínhamos suspensão de serviços públicos, isolamento das cidades e sérios danos na economia. Com a chegadas das equipes, constatamos os óbitos. Lamentamos todos eles.”

#SAIBAMAIS#No fim da manhã, o número de mortos aumentou para três, depois que o corpo do pedreiro Lucas José da Silva, 27 anos – que havia desaparecido no sábado passado ao ser arrastado pela enxurrada enquanto tentava tirar entulhos de uma tubulação – foi encontrado às margens do Rio Ipojuca, em Caruaru, no Agreste pernambucano. Lá, 200 ruas foram danificadas, 30 muros de escolas correm o risco de desabar, unidades de saúde foram atingidas, 13 casas desabaram, a Casa de Saúde Bom Jesus e a prefeitura foram parcialmente interditadas.

Em Rio Formoso, na Zona da Mata Sul, o hospital local foi invadido pela água. Dezenas de pacientes tiveram que ser transferidos para unidades de saúde da região. Muitos passaram mal, desesperados com o avanço das águas dentro do prédio. Um hospital de campanha do Exército deverá ser montado nos próximos dias no município. Em Barreiros, também na Mata Sul, o número de desabrigados e desalojados é de pouco mais de 4 mil pessoas. No Estado, o número total é de 44 mil.

Em Alagoas, o número de mortos chegou a sete. Na tarde desta terça, equipes do Corpo de Bombeiros encontraram, na periferia de Maceió, os corpos de Liliane Sherliane da Silva, 22 anos, e de sua filha Melissa, um bebê de 6 meses de idade. Ambos estavam desaparecidos desde sábado, quando ocorreu um deslizamento de barreira no local em que residiam.

As chuvas deixaram 8.444 famílias desabrigadas e outras 16.508 desalojadas. Uma pessoa ainda está desaparecida. Apesar de previsão de chuvas moderadas para os próximos dias, o governo de Alagoas recomendou que a população permanecesse em alerta nas áreas consideradas críticas no Estado. O governador Renan Calheiros (PMDB) publicou decreto reconhecendo a situação de emergência em 26 municípios.

No Rio Grande do Sul, subiu para 19 o número municípios em situação de emergência. Diversas regiões do Estado contabilizam estragos por cheias de rios e excesso de chuva.

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