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Chuvas devem ficar abaixo da média

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Roberto Lucena – repórter

Em situação crítica, os reservatórios de superfície esperam por chuvas. Mas, segundo previsão dos meteorologistas que estiveram reunidos na II Reunião de Análise e Previsão Climática de 2013 para o Setor Leste do Nordeste, os meses de maio, junho e julho vão registrar chuvas abaixo do normal. Os meteorologistas chegaram ao prognóstico de que para a região leste a probabilidade maior é de chuva nas categorias abaixo da média e para o norte do Nordeste espera-se chuvas na categoria abaixo da normal climatológica.
As chuvas caídas na capital também podem ficar abaixo da média
Enquanto a chuva não cai, as lagoas secam. E apesar dos potenciais de abastecimento dos reservatórios de superfície de Natal estarem em situação crítica, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern)  ainda não possui nenhum plano para um possível racionamento de água na capital.

Segundo o órgão, o estudo só será realizado caso não chova o suficiente nos próximos meses.A Lagoa de Extremoz, na Grande Natal, nunca atingiu um volume tão baixo desde que passou a ser monitorada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), em 2007. O manancial está com 48,55% do total da capacidade. O reservatório é responsável pelo abastecimento de 70% da região Norte de Natal. Na Lagoa do Jiqui, entre Natal e Parnamirim, o percentual de armazenamento é de 73%.

A Lagoa do Bonfim, em Nísia Floresta, está com 59,43% da capacidade hídrica acumulada, o que corresponde a aproximadamente 50 milhões de metros cúbicos. É de lá que sai a água que abastece 14 cidades do interior potiguar, a maioria delas no Potengi, cuja oferta do líquido já foi reduzida em 30% desde o mês passado.

De acordo com a coordenadora de Gestão dos Recursos Hídricos da Semarh, Joana D’arc Medeiros, é a primeira vez, em uma década, que a Lagoa do Jiqui apresenta diminuição da capacidade hídrica. “É um reservatório raso em muitos pontos e este percentual é preocupante”, afirmou a coordenadora. Este ano, o mês de março foi o mais seco em 103 anos.

TRF suspende liminar que autorizava transferir gado

O presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região – TRF5, desembargador federal Francisco Wildo, deferiu o pedido de suspensão da liminar, ajuizada pela Procuradoria Geral do Estado de Tocantins, contra a decisão proferida, terça-feira (16/04), pelo juiz titular da 5ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, Ivan Lira de Carvalho, que autorizou o pecuarista Clóvis Veloso, do município de Bom Jesus/RN, a transferir 800 cabeças de gado para aquele estado.

Em sua decisão, o presidente do TRF5, desembargador federal Francisco Wildo alegou que fica evidente a grave lesão a ser suportada pela economia do Estado do Tocantins, caso seja permitido o transporte das 800 cabeças de gado sem a necessária observância das exigências contidas em instrução normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

O magistrado decidiu que a movimentação dos animais apenas pode ocorrer após a expedição da Guia de Trânsito Animal (GTA), acompanhada do cumprimento de todos os requisitos e condições estabelecidas no art. 27 da Instrução Normativa (IN) nº 44/2000 – MAPA, sob pena de colocar em risco todo o esforço feito nas últimas décadas, que permitiu ao Estado do Tocantins alcançar o status de ‘zona livre de Febre Aftosa’. “Parece-me que o dano que se quer impor ao estado é maior do que aquele enfrentado pelo proprietário dos bovinos”, ponderou Francisco Wildo.

Ontem à tarde, antes da decisão do desembargador Francisco Wildo, o pecuarista Clóvis Veloso estava no município de Imperatriz-MA. Por telefone, ele explicou que pretendia fazer a primeira viagem, de 1.800 quilômetros entre Bom Jesus-RN e Piraquê-TO, na próxima quinta-feira. Para transportar o rebanho, segundo Veloso, seria necessário cerca de 26 viagens.

O custo seria superior a R$ 3 mil, por viagem. Ao todo, o pecuarista Clóvis Veloso está disposto a investir mais de R$ 78 mil para transferir as 800 cabeças para o Tocantins. Ele disse desconhecer a informação de que o Governo do Estado do Tocantins havia recorrido da decisão judicial que autorizou o deslocamento do rebanho, sem o período de 30 dias de análise do rebanho. Tempo, que segundo o pecuarista, que pode representar a perda de todo gado devido a seca. “Já perdi 200 cabeças de gado por causa dessa seca”, disse Veloso.

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