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Chuvas provocam mortes no Sul

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As enchentes no Rio Grande do Sul e em regiões da Argentina, do Uruguai e do Paraguai já causaram a morte de ao menos seis pessoas e obrigaram mais de 150 mil a deixarem suas residências.

Só no Paraguai, cerca de 130 mil pessoas se viram obrigadas a sair de casa por causa da cheia do rio Paraguai , afirmaram autoridades do país. Ao menos quatro mortes foram registradas em todo o país. O presidente Horacio Cartes declarou estado de emergência e disponibilizou mais de 3,5 milhões de dólares de recursos para catástrofes naturais.

No Rio Grande do Sul, as chuvas desalojaram cerca de 1.800 famílias, segundo a Defesa Civil. Elas foram obrigadas a deixar suas residências por causa das cheias dos rios Uruguai e Quaraí. A Defesa Civil estima que os desalojados terão que ficar em alojamentos improvisados em escolas e ginásios ao menos até o início de 2016, quando se espera que o nível dos rios volte ao normal.
Pelo menos 337 famílias em Uruguaiana tiveram as casas invadidas pelas águas e perderam tudo
Entre as cidades mais afetadas pelas inundações estão Quaraí e Uruguaiana. As prefeituras dos dois municípios já declararam estado de emergência e esperam ajuda de autoridades regionais e nacionais para prestar atendimento às pessoas atingidas. As cheias também desabrigaram famílias em Santana do Livramento, Itaqui, Alegrete, São Borja e Barra de Quaraí.

A subida do rio Quaraí, no qual o nível de água alcançou um recorde de 15 metros e 28 centímeros, é considerada a mais grave da história e obrigou as autoridades a interromper por quase 24 horas o trânsito de veículos no Ponte Internacional de Concórdia, que liga o Brasil ao Uruguai.

Já o nível do rio Uruguai chegou a subir o recorde de 10 metros e 41 centímetros e inundou vários bairros de Uruguaiana, cidade na fronteira com o Uruguai.

A Argentina também é afetada pelas enchentes, causadas pelas cheias dos rios Paraguai, Uruguai e Paraná. Dois menores menores de idade morreram. Um rapaz de 13 anos foi eletrocutado por um cabo elétrico na cidade de Corrientes, e um menino de 4 anos foi achado sem vida num arroio em Villa Gobernador Gálvez, na província de Santa Fé.

Na província de Entre Ríos, pelo menos 10 mil pessoas foram retiradas de suas casas em Concordia, uma cidade de cerca de 170 mil habitantes nas margens do rio Uruguai, afirmaram autoridades locais. As cheias atingiram também as províncias de Chaco, Santa Fé e Corrientes. Em toda a Argentina há cerca de 20 mil desabrigados.

O governador de Entre Rios afirmou que o número de pessoas retiradas de casa em toda a província poderá ultrapassar as 10 mil, chegando a até 16 mil ou 20 mil. O Uruguai também declarou nesta quarta-feira o estado de emergência em três departamentos do norte do país, afetados pelas cheias. O número de pessoas desalojadas já passa de 6 mil.

(Com informações da AS/efe/lusa/ap)

Ministério libera R$ 15,2 milhões para atendimento
O Ministério da Integração Nacional liberou R$ 17,296 milhões para obras de reconstrução de danos causados pelas chuvas em dez municípios das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Os recursos foram autorizados pela pasta na última quarta-feira, 23, um dia antes de fortes chuvas atingirem cidades do Sul do País.

Dos R$ 17,3 milhões, R$ 6,6 milhões foram liberados para seis municípios da região Sul. São eles: Rio dos Cedros (SC), R$ 394 mil; São Jorge D’Oeste (PR), R$ 1,2 milhão; Corupá (SC), R$ 1,1 milhão; Cruzaltense (RS), R$ 2,6 milhões; Rio Negrinho (SC), R$ 969 mil; Mato Leitão (RS), R$ 383 mil.

Na manhã deste sábado (26), a presidente Dilma Rousseff sobrevoa áreas afetadas pelas chuvas dos últimos dias no Rio Grande do Sul. De acordo com o boletim divulgado no fim da tarde de sexta-feira (25), pela Defesa Civil do Estado, 1.795 famílias foram atingidas pelos efeitos das chuvas em pelo menos 38 cidades gaúchas.
Prefeituras de Uruguaiana e Quarai, na fronteira com o Uruguai, decretaram estado de emergência
Os outros municípios que receberam recursos foram Itabuna (BA), R$ 3,1 milhões; Ilheus (BA), R$ 3,5 milhões; Poxoréo (MT), R$ 3,8 milhões; São Pedro do Suaçui (MG), R$ 250 mil. O empenho foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23 de dezembro

Sul dos Estados Unidos sofre com tempestades

Fortes chuvas têm atingido o sul dos Estados Unidos durante a semana de Natal e seus estragos continuam, após um tornado tocar cerra no centro-norte do Alabama no dia do feriado. O tempo ruim que começou na quarta-feira, levou chuvas torrenciais e causou tempestades violentas, que deixaram pelo menos 14 mortos em três Estados e dezenas de famílias sem-teto às vésperas do novo ano.

O tornado chegou ao Alabama na sexta-feira e, segundo a polícia, derrubou árvores e danificou casas na cidade de Birmingham. Várias pessoas foram hospitalizadas com ferimentos, mas não estava claro se alguém nesse caso corria risco de vida.

Dezenas de pessoas na região atingida perderam as casas e outros pertences. Entre os mortos há sete pessoas do Mississippi, entre eles um garoto de 7 anos. Seis pessoas foram mortas no Tennessee entre elas três em um carro que submergiu em um riacho, e uma pessoa morreu no Arkansas.

Equipes de resgate avaliam os estragos em residências e negócios e buscam pessoas ainda desaparecidas. A tarefa é complicada pelo fato de que muitas pessoas haviam deixado a área, por causa dos feriados. Fonte: Associated Press.

Perspectiva de La Niña em 2016 é preocupante
Investidores de todo o mundo estão atentos a possibilidade de ocorrência do La Niña nos próximos meses. Assim como o El Niño, ele também traz reflexos para o clima global. No entanto, caso se confirme, especialistas acreditam que o fenômeno traria impactos ainda mais graves na produção agrícola mundial, influenciando ativamente no mercado das commodities. As informações são The Wall Street Journal.

Meteorologistas da Austrália e Japão informaram que o El Niño já pode ter atingido seu auge com a chegada do inverno no Hemisfério Norte e verão no Brasil, e deve começar a perder forças no primeiro semestre de 2016. Porém, com a reversão do fenômeno, geralmente, há a ocorrência de La Niña, com início a partir do fim de 2016 ou começo de 2017.

Segundo a Agência Meteorológica do Japão, ainda não existe uma maneira de prever se o La Niña ocorrerá realmente e quão grave será seu impacto. No entanto, dos últimos 15 eventos de El Niño, 11 foram seguidos de La Niña. No início de dezembro, o El Niño deste ano – que é o mais forte desde 1997/1998 -, havia causado um aumento de mais de 3,6 graus centígrados em alguns lugares,  conduzindo um rally nas commodities agrícolas, como o óleo de palma, açúcar e laticínios.

O La Niña ocorre quando ventos alísios vindos do leste se fortalecem, resfriando a água na região central e leste do Oceano Pacífico e modificando os pradrões de clima ao redor do mundo. A gravidade do fenômeno é medida pelas temperaturas do oceano e mudanças nos padrões de ventos.

Normalmente, o tempo fica mais seco para algumas regiões dos Estados Unidos e América do Sul e traz mais umidade do que o normal para grande parte da Austrália, Papua Nova Guiné, Indonésia e América Central. Ele também aumenta a probabilidade de ciclones tropicais no Pacífico.

De acordo com especialistas em clima, muito se fala sobre os reflexos do El Niño na agricultura. No entanto, estiagens no Canadá e nos Estados Unidos, por exemplo, são mais prováveis em anos de La Niña, disse David Ubilava, pesquisador da Escola de Economia da Universidade de Sydney, que estuda a correlação entre anomalias climáticas e os preços de commodities.

“Um evento de La Niña forte tem impacto potencial nos mercados agrícolas maior que um El Niño, uma vez que afeta o clima em muitos países produtores e exportadores importantes, em especial Brasil e Estados Unidos”, explicou Aurelia Britsch, analista de commodities sênior do BMI Research. A consultoria avalia que o La Niña coloca um risco maior aos preços de milho, soja, trigo, algodão e café.

O economista sênior da CME Group de Nova York, Erik Norland estima que com a ocorrência do  La Niña, os preços de culturas como soja, milho e trigo podem oscilar em torno de 50%. “Os participantes de mercados agrícolas devem acompanhar este fenômeno de perto”, disse Norland.

Nos 12 meses seguintes à confirmação de um La Niña em julho de 2010, o trigo subiu na Bolsa de Chicago 21% e a soja avançou 39%, Enquanto que na Bolsa de Nova York, o contrato de referência do açúcar teve ganhos de 67%.

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