A italiana Carla Cicco, que presidiu a Brasil Telecom até ser destituída com o afastamento do banco Opportunity do controle, ajuizou ação trabalhista contra a empresa e seu atual presidente, Ricardo Ca, exigindo indenização que pode superar os R$ 10 milhões. Alega danos morais por “calúnias” que degradaram sua imagem, mas a BrT a acusa de gestão temerária, gastos excessivos e de “desmandos” que somariam pelo menos R$ 361 milhões.
Frase
“Quem é Lula para falar de combate à pobreza?” (Senador César Borges (PFL-BA) para quem o assistencialismo não combate a miséria)
Receio
O governador tucano do Pará, Simão Jatene, reluta em acompanhar Lula na festa de reabertura do garimpo de Serra Pelada. Impopular no sul do Estado, Jatene teme ser vaiado pelos garimpeiros, que sempre desprezou.
Indiciada
Carla Cicco fez a Brasil Telecom pagar a empresa Kroll Associates para investigar empresas rivais e desafetos de Daniel Dantas, dono do banco Opportunity. Acabou indiciada na Polícia Federal por formação de quadrilha.
Blindados
Uma das acusações mais amenas feitas contra a italiana Carla Cicco: ela manteria carros blindados em Nova York, por conta da Brasil Telecom, só para atendê-la em suas visitas ocasionais à Big Apple.
Mistério no currículo
No site do Itamaraty, o currículo do secretário-geral Samuel Pinheiro Guimarães tem uma lacuna: o ano de 2002, quando foi afastado do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais. O embaixador não quis informar à coluna se continuou recebendo salário, nesse período.
Amigo do homem
O brigadeiro José Carlos Pereira, diretor de Operações, que assumirá a presidência da Infraero no dia 16, conforme esta coluna já antecipou, é um amigo de Lula. Ele até pilota o avião do presidente, de vez em quando.
Antídoto
O projeto do ministro Saraiva Felipe (Saúde), de ser vice de Aécio Neves, esbarrou na manobra do PMDB mineiro para consolidar o nome do ministro Hélio Costa (Comunicações) na disputa pelo Palácio da Liberdade.
Assim não dá
Certa vez, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) manifestou sua preocupação com a ineficiência da ferrovia Novoeste ao próprio presidente do conselho do Funcef, Guilherme Lacerda, que a controla. A conversa, no restaurante do hotel Torre, em Brasília, foi áspera, e Delcídio lhe disse poucas e boas.
Cotas rejeitadas
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) defende as cotas para negros, nas escolas públicas, mas seu eleitorado, não: em uma enquete no site do ex-ministro da Educação 53% são contra e 43,3% a favor.
Fora de órbita
Ao contrário do que afirmou antes, o astronauta Marcos Pontes talvez não volte à Nasa (EUA) após a missão na estação russa: a Agência Espacial Brasileira não sabe se será treinado para outra ou ficará no Centro de Tecnologia Aeroespacial. Na Nasa, custa mais de R$ 2 milhões. Para a AEB os experimentos “criarão mentalidade de pesquisa no ensino médio”.
Dia do caçador
Aposentados do Banespa, sem reajuste há cinco anos, sentiram gostinho de revanche: o TST decidiu que o Santander terá que reintegrar o deficiente físico Ivan Pereira, em Porto Alegre (RS), por descumprir a legislação.
Cascata humana
Do deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA): “Depois do lucro espetacular dos bancos, a afirmação de Lula de que nunca ninguém fez tanto pelos pobres ficou muito parecida com a declaração de que ‘roubar é humano’”.
Dinheiro com asas
A Bolsa de Mercadorias e Futuros e a Bolsa de Valores do Rio têm um problemão: justificar na justiça o alegado sumiço de quase dez milhões de ações do empresário Marco Antônio Abreu, durante o escândalo Naji Nahas, em 1983. Abreu pede R$ 100 milhões de indenização.
Quem paga é o contribuinte
A Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), que fiscaliza concessões públicas, pagou R$ 2 milhões por um prédio no elegante bairro dos Aflitos, em Recife. A justificativa, em plena era de Internet e call-centers: a antiga sede, de aluguel irrisório, era “muito distante” para quem procurava a Arpe.
