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Cinco novos filmes brasileiros chegam ao Circuito

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Um fato raro nas salas de cinema do circuito comercial de Natal é a estreia de filmes brasileiros. Quando acontece, quase sempre são comédias ou obras esporádicas na sessão de arte. Mas nesta quinta-feira (6) é diferente. Cinco lançamentos chegam aos cinemas locais: o terror “A Mata Negra”, o drama “A Voz do Silêncio”, o documentário “Henfil”, o drama queer “Tinta Bruta” e o romance urbano “Todas as Canções de Amor”.

Julio Andrade e Marina Ruy Barbosa estrelam filme premiado


Julio Andrade e Marina Ruy Barbosa estrelam filme premiado

Imaginário
Conhecido pelos filmes de terror baixo orçamento mas de criativos efeitos visuais, o capixaba Rodrigo Aragão chega ao seu quinto longa com “A Mata Negra”. A ideia de casar o terror com a cultura brasileira está mantida nesse trabalho, que bebe no imaginário popular. No centro da história está Clara – interpretada por Carol Aragão, filha do diretor –, uma garota do interior que vê sua vida transformada completamente depois que ela encontra o Livro de Cipriano.

Ao mesmo tempo que Clara tenta trazer de volta seu amor a partir da leitura do livro, ela também atrai um monte de coisas ruins. É quando a trajetória da personagem ganha tons sombrios de magia, folclore e misticismo. O longa foi filmado durante oito semanas na Mata Atlântica no interior do Espírito Santo. “A Mata Negra” chega aos cinemas através do Projeta às 7.

Livro de São Cipriano é ponto de partida para terror brasileiro


Livro de São Cipriano é ponto de partida para terror brasileiro

Silêncio
O drama “A Voz do Silêncio” traz atriz Marieta Severo no papel de uma mãe infeliz com as próprias escolhas. Ao seu redor, outros seis personagens completam o núcleo central da trama, um emaranhado de histórias de anônimos que apresentam em comum um sentimento de resignação com o próprio destino.

O filme se baseia nas histórias reais do diretor André Ristum. Segundo o cineasta, o foco do longa está nas relações humanas sob a influência exercida pela cidade grande, considerando sempre o núcleo familiar como eixo central. “O filme não pretende trazer conclusões, mas aponta caminhos para abrir uma discussão sobre os valores existentes na sociedade atual”, comenta o diretor.

Henfil
O documentário “Henfil” estreia nacionalmente abordando a vida do cartunista Henrique de Souza Filho, popularmente conhecido como Henfil, criador, dentre outros personagens, da Graúna, Ubaldo, Cangaceiro Zeferino, Bode Orelana e os Fradins.

A direção é de Angela Zoé, que resgata a memória, causos e a obra do cartunista. A produção utiliza animações para compor a narrativa. Dentre os depoimentos, estão falas de Ziraldo, Jaguar, Sérgio Cabral e Tárik de Souza relembrando a convivência com o artista. Henfil faleceu em 1988, aos 43 anos. Ele era hemofílico e portador do vírus da Aids.

Drama queer

“Tinta Bruta”, longa de Filipe Matzembacher e Marcio Revlon, é um drama queer centrado na história do jovem Pedro (Shico Menegat). Enquanto responde a um processo criminal e tenta lidar com a mudança da irmã que vai morar longe, ele encontra distração em seu quarto. É quando ele liga a webcam e dança coberto de tinta para milhares de estranhos que o assistem. Seu codinome: GarotoNeon. Mas ao descobrir que outro rapaz (Bruno Fernandes) de sua cidade está copiando sua técnica, Pedro decide ir atrás da pessoa.

Em ‘Tinta Bruta’, Pedro se distrai incorporando Garoto Neon na web


Em ‘Tinta Bruta’, Pedro se distrai incorporando Garoto Neon na web

Canções de amor
“Todas as canções de amor” foi o grande vencedor da recente Mostra de Cinema de São Paulo, onde faturou o prêmio da crítica como melhor filme brasileiro. O longa dirigido por Joana Mariani conta duas histórias de amor separadas por 20 anos, mas com muitos pontos em comum.

De um lado está o casal Ana (Marina Ruy Barbosa, que estreia no cinema neste filme) e Chico (Bruno Gagliasso), recém-casados que se mudam para um apartamento no centro de São Paulo. Em meio a bagunça da mudança, Ana encontra uma fita K7 cuja etiqueta tem a frase que dá nome ao filme. A gravação reúne músicas selecionadas anos antes por Clarice (Luiza Mariani), para marcar o fim de seu casamento com Daniel (Julio Andrade). Sem conhecer o que aconteceu com o relacionamento de Clarice e Daniel, Ana então decide imaginar a história do casal.

Além da trama, o filme se destaca também pela trilha sonora, uma verdadeira homenagem à MPB, assinada pela cantora e compositora Maria Gadú. Ainda com relação à música, há uma participação especial de Gilberto Gil, numa das cenas, onde ele aparece interpretando a canção “Drão”.

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