Julio Andrade e Marina Ruy Barbosa estrelam filme premiado
Imaginário
Conhecido pelos filmes de terror baixo orçamento mas de criativos efeitos visuais, o capixaba Rodrigo Aragão chega ao seu quinto longa com “A Mata Negra”. A ideia de casar o terror com a cultura brasileira está mantida nesse trabalho, que bebe no imaginário popular. No centro da história está Clara – interpretada por Carol Aragão, filha do diretor –, uma garota do interior que vê sua vida transformada completamente depois que ela encontra o Livro de Cipriano.
Livro de São Cipriano é ponto de partida para terror brasileiro
Silêncio
O drama “A Voz do Silêncio” traz atriz Marieta Severo no papel de uma mãe infeliz com as próprias escolhas. Ao seu redor, outros seis personagens completam o núcleo central da trama, um emaranhado de histórias de anônimos que apresentam em comum um sentimento de resignação com o próprio destino.
O filme se baseia nas histórias reais do diretor André Ristum. Segundo o cineasta, o foco do longa está nas relações humanas sob a influência exercida pela cidade grande, considerando sempre o núcleo familiar como eixo central. “O filme não pretende trazer conclusões, mas aponta caminhos para abrir uma discussão sobre os valores existentes na sociedade atual”, comenta o diretor.
Henfil
O documentário “Henfil” estreia nacionalmente abordando a vida do cartunista Henrique de Souza Filho, popularmente conhecido como Henfil, criador, dentre outros personagens, da Graúna, Ubaldo, Cangaceiro Zeferino, Bode Orelana e os Fradins.
A direção é de Angela Zoé, que resgata a memória, causos e a obra do cartunista. A produção utiliza animações para compor a narrativa. Dentre os depoimentos, estão falas de Ziraldo, Jaguar, Sérgio Cabral e Tárik de Souza relembrando a convivência com o artista. Henfil faleceu em 1988, aos 43 anos. Ele era hemofílico e portador do vírus da Aids.
Drama queer
Em ‘Tinta Bruta’, Pedro se distrai incorporando Garoto Neon na web
Canções de amor
“Todas as canções de amor” foi o grande vencedor da recente Mostra de Cinema de São Paulo, onde faturou o prêmio da crítica como melhor filme brasileiro. O longa dirigido por Joana Mariani conta duas histórias de amor separadas por 20 anos, mas com muitos pontos em comum.
De um lado está o casal Ana (Marina Ruy Barbosa, que estreia no cinema neste filme) e Chico (Bruno Gagliasso), recém-casados que se mudam para um apartamento no centro de São Paulo. Em meio a bagunça da mudança, Ana encontra uma fita K7 cuja etiqueta tem a frase que dá nome ao filme. A gravação reúne músicas selecionadas anos antes por Clarice (Luiza Mariani), para marcar o fim de seu casamento com Daniel (Julio Andrade). Sem conhecer o que aconteceu com o relacionamento de Clarice e Daniel, Ana então decide imaginar a história do casal.
Além da trama, o filme se destaca também pela trilha sonora, uma verdadeira homenagem à MPB, assinada pela cantora e compositora Maria Gadú. Ainda com relação à música, há uma participação especial de Gilberto Gil, numa das cenas, onde ele aparece interpretando a canção “Drão”.