Rio de Janeiro (AE) – Ciente de que disputa diretamente votos com a recém-oficializada candidatura de Fernando Haddad (PT) à Presidência da República, o candidato do PDT, Ciro Gomes, criticou duramente o petista. O pedetista adotou a estratégia de acusar o ex-prefeito de São Paulo de fragilidade política e também questionar sua capacidade de derrotar Jair Bolsonaro (PSL) num eventual segundo turno – evocando a eleição de 1989.
#SAIBAMAIS#“O atributo do Haddad presidente indicado por Lula, isso vai dar m(*), não tenho a menor dúvida”, disse Ciro, citando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava Jato, durante evento na Academia Brasileira de Ciências (ABC). “Porque se der certo, não dá certo, compreende? Pode dar certo eleitoralmente, mas não vai dar certo.”
Segundo o pedetista, o PT já sabia que Lula não poderia ser candidato, mas, ainda assim, manteve a candidatura do ex-presidente até o último minuto possível antes de oficializar a de Haddad. O objetivo do Partido dos Trabalhadores é transferir a expressiva intenção de voto em Lula para Haddad – votos que Ciro luta para herdar, pelo menos em parte, e assim garantir sua ida ao 2º turno.
“Agitaram essa candidatura fraudulenta e, agora, querem incitar a população a votar numa pessoa que não tem conhecimento do Brasil”, disse o ex-ministro. “Haddad é uma excelente pessoa, mas ele não conhece o Brasil, não tem a garra necessária nesse momento difícil da vida brasileira, em que estamos às vésperas de um fenômeno protofascista, uma ameaça real ao Brasil, e a gente não pode chamar a nação para dançar na beira do abismo”, afirmou.