O candidato do PDT à Presidência da República nas eleições 2018, Ciro
Gomes, disse nesta quinta, 20, que o neoliberalismo do economista Paulo
Guedes, guru econômico da campanha de Jair Bolsonaro (PSL)
“instrumentaliza economicamente o fascismo”. A declaração foi dada
durante fala no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), em São Paulo,
quando o pedetista criticou as políticas neoliberais propostas pela
chapa adversária.
Embora tenha pregado contra o voto útil, Ciro disse que o eleitor “deve
votar em quem considera melhor, mais preparado e que tem condições de
vencer o nazismo, o extremismo e a violência militarizada e radicalizada
– que é o grande perigo que paira sobre a nação brasileira”.
Na última pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo, divulgada há dois dias, ele
aparece em terceiro lugar, com 11% das intenções de voto, atrás do líder
Bolsonaro, com 28%, e Fernando Haddad (PT), que aparece com 19%.
No levantamento do Datafolha, divulgado na madrugada desta quinta-feira,
ele aparece com 13%, três pontos atrás do petista. Bolsonaro também
aparece com 28% neste estudo. Nas projeções de segundo turno dos dois
institutos, Ciro aparece na frente de Bolsonaro.
No IAB, Ciro também falou da incapacidade de investimento do País e da
atuação de bancos privados e afirmou que o PT tem uma “a tendência
conservadora” na economia – citando Henrique Meirelles, candidato à
Presidência pelo MDB e ex-ministro da Fazenda de Luiz Inácio Lula da
Silva, e o economista Marcos Lisboa, secretário de Política Econômica do
Ministério da Fazenda, também no governo Lula.
Estadão Conteúdo