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Classificação dos programas agora terá participação de ONGs

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SENSUALIDADE - Cenas tórridas das novelas agora serão submetidas a análise mais criteriosaPor Keila Jimenez

Imagine ONGs que defendem as mais diferentes causas sociais, apitando decisivamente na classificação indicativa de programas de TV. Essa  é uma das novidades da nova classificação indicativa, que o Ministério da Justiça  deve lançar em duas semanas.   

Pelas novas regras, as emissoras não precisarão submeter toda a sua programação ao Ministério da Justiça para ser classificada, mas os canais terão de se comprometer, em uma espécie de dispositivo de cautela, a obedecer às regulamentações etárias  das atrações, de acordo com um manual a ser lançado pelo órgão.  

“Não será uma auto-regulamentação porque haverá regras e a programação continuará  a ser monitorada, mas em uma intensidade menor. O que acontece é que as TVs  terão um manual com regras muito mais objetivas agora, e daremos a elas um voto  de confiança de que vão cumpri-las”, diz o diretor do Departamento de Classificação  do MJ, José Eduardo Romão. “Agora qualquer cidadão poderá se organizar em uma  associação que defenda interesses comuns e participar da classificação”, continua.   

“Teremos uma rede de colaboradores cadastrados. Antes de liberarmos a exibição  de um filme que trata de homossexualismo, por exemplo, vamos chamar uma ONG  ligada ao assunto para saber para que horário o conteúdo é impróprio.”  

O diretor explica que todas as vezes que um grupo de cidadãos se sentir desrespeitado  poderá procurar o MJ para falar sobre classificação. “Já testamos esse dispositivo  de cautela com a novela “Amor e Ódio”, do SBT. Eles disseram que se enquadrava  na classificação livre, aceitamos. Pelas novas regras, caso houvesse algum abuso,  daríamos um aviso à emissora e, na seqüência, reclassificaríamos automaticamente.”  

As novas normas de classificação passam a valer de fato para cinema e jogos  eletrônicos este mês, e para a TV, de forma facultativa, como teste. “Vamos  testar como as TVs reagem aos novos símbolos de classificação etária na programação.  No fim do ano, as normas valem para todas emissoras.” A TV paga também entra nesse novo pacote de classificação, mas não terá de  obedecer aos critérios de faixa horária. Terá só de informar previamente ao  telespectador qual é a classificação do programa, se há cenas de violência e  sexo. Nos dias 6 e 7, o MJ faz em Brasília um seminário sobre as novidades na  classificação.

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