Em solenidade realizada neste domingo (23), pouco antes da partida entre América e ABC na Arena das Dunas, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) homenageou a empresa OAS em reconhecimento ao trabalho de inserção social de 149 trabalhadores egressos do sistema penitenciário. 
O selo Começar de Novo foi entregue pelo conselheiro Eduardo Teixeira, representante do CNJ, ao engenheiro André Augusto Lima. Durante a construção do estádio, os trabalhadores também tiveram a oportunidade de estudar.
Um dos participantes do programa, que é uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, é o Antônio Viana da Silva, de 49 anos. “Estou trabalhando como servente de pedreiro desde 2011. Nunca tinha trabalhado e depois que saí da prisão estava desempregado. Aí me chamaram e eu abracei essa oportunidade. Graças a ela hoje eu sou um cidadão brasileiro e não vou voltar para a vida pregressa” conta. Antônio ficou preso por 15 anos condenado por dois homicídios e hoje se considera outra pessoa. Ele aprendeu a ler durante as obras e hoje tem diplomas de conclusão do ensino fundamental e de curso de inclusão digital.
O mesmo ocorreu a Josivan Martins, que também foi empregado durante a construção da Arena. “A gente agradece muito. Que outras oportunidades sejam dadas, que outras empresas também façam isso”, comenta.
De acordo com o juiz Gustavo Marinho, coordenador do programa, a Arena foi o estádio que mais contratou egressos do sistema, entre todos os estádios construídos para a Copa do Mundo de 2014, agendada para junho no Brasil. Segundo ele, depois da Arena, os estados de Minas Gerais (96), Bahia (16) e Paraná (11), foram os que mais empregaram esses trabalhadores.
A governadora Rosalba Ciarlini destacou que as empresas devem abrir as portas “para outros Antônios e Josivans”. Estiveram presentes o presidente do Congresso Nacional, o deputado Henrique Eduardo Alves; o presidente do Tribunal de Justiça do RN, Aderson Silvino; além de secretários de Estado e o presidente da Câmara Municipal de Natal, Albert Dickson.
