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Coalizão facilita aliança, diz Tarso

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Brasília (AE) – O chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Tarso Genro, afirmou ontem que a coalizão proposta pelo presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva dará liberdade aos parlamentares para que não votem projetos que contrariarem as consciências. É mais um argumento para atrair partidos como o PDT e o PV, cujos integrantes temem que o governo faça mudanças que atinjam as principais bandeiras. O PDT não aceita alterações nos direitos trabalhistas e o PV defende maior rigor na concessão de licença ambiental para obras de infra-estrutura.

O senador Osmar Dias (PDT-PR), por exemplo, deixou a reunião da cúpula da legenda com Lula, terça-feira, dizendo que é a favor da aliança, mas que de forma nenhuma votará contra a consciência e que apoiará todos os pedidos de abertura de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que forem feitos no Congresso, queira ou não a administração federal. Genro elogiou Dias: “A presença do senador Osmar Dias na reunião com o presidente Lula foi muito produtiva.”

Montar uma coalizão de governo, comparou o chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, é um trabalho de “ourivesaria”. Genro afirmou que será uma experiência muito rica para todos: “Pode redundar num salto político para a transparência dos partidos.” Essa limpidez, disse, pode começar no debate sobre qual sigla presidirá a Câmara: “É um bom momento para os partidos que vão formar a coalizão iniciarem agora as negociações.”

As afirmações dele foram dadas antes de fazer uma palestra em encontro nacional sobre territórios rurais, num hotel de Brasília. Depois, durante a apresentação no evento, Genro falou sobre o papel dos meios de comunicação na campanha eleitoral. “Houve um movimento espontâneo, não uma conspiração de jornalistas ou de um órgão de imprensa, para transformar todos os políticos em sinônimo de corrupção, de modo a preparar o terreno para a chegada do candidato do choque de gestão”, disse, numa referência ao ex-governador de São paulo Geraldo Alckmin (PSDB). “Felizmente, a população entendeu tudo e votou no presidente Lula.”

Genro afirmou que a democracia está ameaçada pelo sistema financeiro e que uma forma de combater a dificuldade é assegurar mais participação popular na discussão dos rumos do governo.

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