Brasília – O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) decidiu que a partir do ano que vem, pelo menos 8% das receitas obtidas com aplicações financeiras do Fundo serão usados em treinamento de mão-de-obra. Na prática, significa passar dos R$ 390 milhões empregados neste ano para R$ 1,2 bilhão no ano que vem – quase o triplo. O anúncio foi feito esta semana pelo secretário de Políticas Públicas de Emprego, do Ministério do Trabalho, Remígio Todeschini.
Para garantir o cumprimento da meta, o conselho autorizou o governo a enviar ao Congresso Nacional, no início do ano, um projeto de lei estabelecendo esse novo piso para os programas de treinamento. A cada ano, o FAT obtém ganhos financeiros da ordem de R$ 18 bilhões. “Isso é o necessário para que possamos qualificar mais trabalhadores e atender à demanda de crescimento econômico do País para os próximos anos”, afirmou Todeschini, após a última reunião do Codefat deste ano.
A maior parte do dinheiro disponível do fundo – em torno de R$ 19 bilhões – este ano foi destinada ao financiamento de programas voltados a financiamentos de micro e pequenos empresários, de construção de moradias e de apoio financeiro aos exportadores, principalmente nos setores econômicos mais afetados pela taxa de câmbio valorizada (calçadistas, têxteis e moveleiros). O conselho – que reúne representantes do governo, das centrais sindicais e dos empresários – fez um balanço da atuação do fundo em 2006.