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Codern foi alertada sobre riscos

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Luiz Henrique Gomes
Repórter

Os trabalhadores do Porto Ilha, em Areia Branca, relataram falhas na estrutura do local à Companhia Docas do RN (Codern) há pelo menos cinco anos. A informação dos dos trabalhadores é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços Portuários do Estado (Sinporn), Silvano Barbosa. O Porto está interditado desde o fim de semana passado após uma série de infrações serem detectadas pelo Ministério do Trabalho.

Pelo entendimento da Antaq, navegação até o Porto Ilha não é cabotagem, mas apoio portuário
Há meia década a presença de falhas na estrutura é existente; Codern já tinha sido avisada sobre as irregularidades

De acordo com Silvano, a direção da Codern foi avisada em várias ocasiões e tinha conhecimento das irregularidades desde uma primeira interdição realizada em 2012. Na época, a Delegacia Regional do Trabalho interviu no Porto após o surgimento de um buraco no chão do Terminal e problemas em uma esteira, que era utilizada há 30 anos.

As irregularidades também estão indicadas em dois Termos de Ajustamento de Conduta assinada entre a Codern e o Ministério Público do Trabalho, também em 2012. A empresa se propôs a cumprir mais de 40 obrigações. Cinco anos depois, a situação continua a mesma. O coordenador do MTE, Mauro Costa Cavalcante ressaltou que “o porto já havia sido objeto de interdição e autuações anteriormente à presente ação e de dois Termos de Ajustamento de Conduta, que não estão sendo cumpridos”. “As irregularidades foram ditas em mais de uma vez. Agora, nós lamentamos a paralisação e vemos com preocupação porque é de onde sai o nosso salário”, declarou Silvano Barbosa. Ele ressalta que “os trabalhadores sabem que a Codern enfrenta dificuldades financeiras, mas os apontamentos do Ministério do Trabalho são muito importantes”.

O pedido é que haja “resolução rápida para as atividades serem retomadas de forma que não comprometa o salário dos trabalhadores e com melhor segurança do trabalho”. Via assessoria, a Codern confirmou que já tinha conhecimento das irregularidades e “já estava trabalhando na regularização das normas há algum tempo”. Após a liberação a Codern deve “intensificar os trabalhos para suprir a pausa desses dias”. A média diária de embarque de sal é cerca de 5.680 toneladas. Até esta quarta-feira, 6, aproximadamente 34 mil toneladas deixaram de ser transportadas.

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