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Colônia se organiza para a invasão

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FESTA - Colônia terá uma decoração em verde e amarelo na CopaSão Paulo (SP) – Fundada pelos romanos há dois mil anos, Colônia recebe um outro império a partir do mês de junho. Reduto de brasileiros durante a realização da Copa do Mundo, a cidade alemã vai abrigar cerca de 10 mil torcedores da Seleção pentacampeã.

Com ajuda da CBF, a Fifa intermediou o contato entre Colônia e a Planeta Brasil, operadora oficial do Mundial no país. Informados sobre a excursão dos agentes de turismo brasileiros para a Alemanha, os responsáveis pela cidade convidaram os executivos da empresa a conhecer o local e fecharam o negócio.

 Além da infra-estrutura, o espírito da população foi fundamental na decisão da operadora de enviar seus clientes para Colônia. Outro aspecto que pesou na escolha da cidade foi o grande número de brasileiros residentes no local, cerca de seis mil.

 Representantes de Colônia vieram ao Brasil e falaram sobre a recepção aos brasileiros. O cônsul de imprensa lembrou que a cidade oferece várias atrações aos seus visitantes. “Além do bom futebol, o torcedor vai encontrar muitas outras alternativas”, prometeu.

 Com aproximadamente um milhão de habitantes, Colônia é a quarta cidade da Alemanha. Maior símbolo da cidade localizada às margens do Rio Reno, a Catedral é um dos locais mais visitados. Uma infinidade de museus e galerias compõe a movimentada vida cultural da região.

 Assim como no Brasil, o Carnaval é a maior festa popular da cidade alemã. “As pessoas têm a cabeça aberta. Elas se conhecem facilmente e depois festejam nos bares da cidade”, contou o chefe de relações públicas de Colônia, Olaf Pohl, numa descrição que poderia ser aplicada a qualquer localidade brasileira.

A cidade possui uma grande vocação esportiva. Tricampeão da Bundesliga, o Colônia conta com o zagueiro Podolski, com presença garantida no Mundial.

Além de abrigar uma renomada Faculdade de Esporte, a cidade ainda tem um tradicional time de hóquei. Reinaugurado em 2004, o estádio que vai receber os jogos da Copa tem 46 mil lugares.

 Apesar das grandes distâncias em relação a Berlim e Munique (570 km), Pohl garante que Colônia compensa com uma boa rede de transportes para as cidades que recebem os jogos do Brasil na primeira fase. “A localização de Colônia é perfeita. O trajeto demora cerca de quatro horas de trem”, explicou.

A apenas 90 km de distância, Dortmund também abriga o time canarinho na fase de classificação.

Prefeitura prepara decoração à caráter

A cidade vai passar por uma verdadeira mudança de hábitos durante a realização da Copa do Mundo. Além de principal destino dos torcedores brasileiros, o local ainda abriga um confronto entre Portugal e Angola na primeira fase do Mundial.

 A poucos meses da competição, Colônia se prepara para receber milhares de pessoas que tem o português como idioma nativo. “Estamos trabalhando para que os torcedores do Brasil encontrem a melhor infra-estrutura possível. Todos estão muito empolgados em receber os brasileiros, mas também teremos muitos portugueses”, contou Gregor Gosciniak, responsável pela área de marketing da cidade.

A preparação envolve a tradução de cardápios de bares e restaurantes para o português, produção de material contendo informações turísticas no mesmo idioma e recrutamento de voluntários capazes de se comunicar com os turistas brasileiros, lusitanos e africanos.

 Com 250 hotéis e 25 mil camas, as tarifas sofreram um reajuste de cerca de 10% nos preços. “Os hotéis estão se preparando e teremos grandes surpresas. A cidade inteira vai estar com bandeiras do Brasil”, prometeu Gosciniak.

A cidade vai contar com três telões ao ar livre para a exibição dos jogos a custo zero durante a Copa do Mundo. Além disso, estão previstos vários espetáculos com motivos brasileiros, um deles com a famosa coreógrafa Deborah Colker.

 O número de turistas na cidade sofreu um acréscimo de 34% nos últimos cinco anos. Através de um acordo de cooperação com a Rede Globo, os pontos turísticos da cidade vão ser retratados com boa vontade pela emissora nos meses que antecedem o Mundial.

O grande número de turistas e o confronto entre Inglaterra e Suécia, com presença garantida dos famosos hooligans, não assustam os responsáveis pela cidade. Eles acreditam que a animação dos brasileiros diminui a possibilidade de problemas.  “Esses torcedores mais violentos não terão permissão para entrar no país durante o Mundial. Além disso, a Alemanha já está acostumada com jogos com estádios cheios. Com o samba e o espírito do povo brasileiro, todos vão estar felizes”, garantiu Olaf Pohl.

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