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Com crise, faturamento das empresas reduziu 50%

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Há quase duas décadas atuando como empresário e cabeleireiro, Wendel Pinheiro jamais havia vivenciado uma crise econômica tão violenta como a que afetou o País entre 2014 e 2017. “Nosso faturamento caiu pela metade. Em dezembro do ano passado, a situação chegou ao nível crítico. Foi o pior dezembro. Agora é que a situação está mudando um pouco e há sinais de leve melhora. Mas ainda é uma coisa muito, muito lenta”, afirma.

A retração que atingiu em cheio o setor de Serviços o levou a demitir uma funcionária e a reformular a metodologia de funcionamento do salão de beleza que mantém de forma cooperada na zona Sul de Natal. “Tivemos que reduzir custos. Infelizmente, acabamos demitindo uma funcionária. E, para manter o movimento, trabalhamos com muitas promoções”, declara. Questionado se essa era uma reclamação pontual, Wendel Pinheiro destaca que não. “Todos os demais donos de salão de beleza tinham o mesmo sentimento, compartilhavam da mesma reclamação”.

Com o faturamento pela metade, reflexo da ausência de clientes, Wendel e equipe montaram combos promocionais para atrair antigos e novos clientes. “Nós montamos a estratégia de serviços casados. A cliente pagava um corte e ganhava uma escova. Fazia uma hidratação e ganhava outro serviço. Dessa forma, conseguimos nos manter. Mas não tem sido fácil. A recuperação da economia está muito lenta. Espero que não se repita o que ocorreu em 2017, que foi o pior ano de todos para o setor”, lamenta Wendel Pinheiro.

Meios de hospedagem

Outro importante segmento do setor de Serviços é o de hotelaria. Conforme dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMS) relativa ao trimestre encerrado em junho deste ano, as atividades turísticas mostram avanço no País.

De acordo com a pesquisa, na série com ajuste, o agregado especial de Atividades turísticas, ao variar 0,3% em janeiro de 2018, assinalou a terceira taxa positiva seguida, mesma sequência registrada pelo Rio de Janeiro, que neste mês cresceu 4,8%.

Os demais avanços vieram de Minas Gerais (2,6%), Goiás (2,3%), Distrito Federal (1,6%), Espírito Santo (1,1%), Ceará (0,5%) e Bahia (0,3%). Houve quedas em Santa Catarina (-5,5%) Paraná (-3,4%), São Paulo (-2,1%) e Rio Grande do Sul (-1,4%). O Rio Grande do Norte se manteve estável.

Em relação a janeiro de 2017, na série sem ajuste sazonal, o turismo ficou estável (0,0%) no índice nacional, com a maior parte dos 12 locais investigados, mostrando crescimento: Distrito Federal (13,1%), Espírito Santo (11,2%), Goiás (5,5%), Minas Gerais (5,1%) e Pernambuco (4,7%) Santa Catarina (3,0%), Paraná (2,6%) e Bahia (2,0%), enquanto Rio de Janeiro (-8,3%), seguido por Ceará (-2,6%), São Paulo (-0,2%) e Rio Grande do Sul (-0,2%) recuaram nesse indicador.

Regional
O setor de Serviços amarga queda em todos os estados nordestinos, com destaque para o Maranhão. Os dados são relativos ao trimestre iniciado em novembro de 2017 e encerrado em janeiro deste ano. Veja:

Maranhão: -9,5%
Sergipe: -9,3%
Ceará: -7,9%
Paraíba: -7,9%
Pernambuco: -5,8%
Piauí: -5,1%
Alagoas: -4,8%
Bahia: -4,7%
Rio Grande do Norte: -3,4%

Fonte: Pesquisa Mensal do Comércio (IBGE)

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