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Com queda de juro, renda fixa diminui atratividade

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Com uma possível queda na taxa de juros de 1 ponto porcentual, os investimentos que dão retornos próximos ao juro básico vão perdendo a atratividade. Porém, mesmo diante de um cenário bem diferente do ano passado, quando a Selic estava em 14,25%, especialistas ainda recomendam cautela na hora de buscar opções que chegam perto dessa rentabilidade.

“Não tem milagre. O investidor gosta de pensar em retorno de 1% ao mês sem risco, mas era uma situação pontual”, conta Arnaldo Curvello, diretor da Ativa Wealth Management. Ele pondera que o caso Joesley Batista mostra que a volatilidade sempre existe e, com as eleições de 2018 se aproximando, a incerteza tende a aumentar.

Diante de um cenário que obriga o investidor a sair da zona de conforto, mas “sem se jogar de cabeça”, Curvello indica ativos ligados ao crédito de empresas, como CRAs, e fundos que contenham esses títulos – por exemplo, CDBs, LCIs e LCAs. Ele explica que, com a taxa de juros em queda, o risco de crédito, ou seja, de um calote das empresas, também diminui, deixando essas opções mais vantajosas.

Rodrigo Puga, sócio da corretora Modalmais, aconselha o investidor a experimentar aplicações com mais risco por meio dos fundos multimercado, aplicação que mistura em um mesmo pacote renda fixa, ações ou moedas. Ele orienta o investidor a optar por fundos que apresentam rentabilidade constante em vez de olhar só para o retorno final.

Poupança
A queda da taxa de juros básica deixa a renda fixa tão desprestigiada que até mesmo a poupança, opção mais conservadora e conhecida do brasileiro, ganha na rentabilidade se comparada a fundos de renda fixa com mais de 1% de taxa de administração. Segundo levantamento da Anefac, isso se agrava porque, ao contrário da caderneta, que não sofre qualquer tributação , os fundos têm incidência de Imposto de Renda. Para conseguir ganhos melhores, o investidor do fundo tem de abrir mão da liquidez e não economizar tempo para pesquisar taxas menores.

Se o investidor aplicar R$ 10 mil por 12 meses na poupança, por exemplo, terá acumulado R$ 10.680. Em um fundo de renda fixa com taxa de administração de 1,50%, o mesmo valor renderia R$ 10.629. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo

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