Com 30 anos, após ter passado por duas das maiores equipes do Brasil, jogado em um grande centro da Europa, disputado uma Copa do Mundo e agora estar ganhando dinheiro no Oriente Médio, um atleta poderia dar-se por satisfeito. Não é o caso, no entanto, do atacante Grafite, ex-Grêmio e São Paulo, com passagens pelo Wolfsburg (Alemanha) e atualmente no Al-Ahli, dos Emirados Árabes.
O jogador, que chegou ao time de Dubai no meio do ano passado, ainda pretende atuar em alto nível no país que nasceu, e que considera o mais agradável para se viver. “O clima do Brasil é ótimo, não existe a extremidade do frio como na Europa e nem o extremo calor de Dubai. É um meio termo que torna o clima muito agradável”, atestou, em entrevista concedida por e-mail à GE.Net.
Segundo o jogador, existe a possibilidade do seu retorno em breve, inclusive com algumas abordagens para o negócio já feitas.
“Eu pretendo voltar sim. Estou escutando os clubes e sempre em contato para ver o que eles tem para oferecer. Algumas coisas legais já pintaram para voltar e vamos ver como as coisas caminhar. Voltar para o Brasil é um objetivo que eu tenho após esta passagem pelo futebol árabe, onde estou aprendendo também”, comenta.
Sobre a situação do São Paulo, clube em que pareceu ter se sentido mais confortável em território nacional, e que pelo segundo ano consecutivo não conseguiu se classificar para a Libertadores, ele disse que o insucesso é uma questão passageira.
“O São Paulo manteve a mesma política de contratação da minha época, é normal que às vezes as coisas não dêem certo como deram”, analisou. Questionado se possui o “sangue nos olhos” pedido pelo presidente Juvenal Juvêncio e pelo meia Lucas para a próxima temporada, ele não titubeou.
“Eu sempre tenho (risos). Sempre me preparei muito bem, sempre treinei forte e sempre lutei muito dentro de campo nas equipes em que joguei. Isso é o que não falta para mim, pode ter certeza”, garantiu.
Comandado pelo técnico Emerson Leão entre 2004 e 2005, Grafite ainda fez questão de elogiar o seu ex-técnico, acreditando na sua capacidade de recolocar o Tricolor nos trilhos.
“Ele teve uma contribuição muito grande (no título da Libertadores), pois soube entender as necessidades da equipe, entender o estilo de cada um e onde cada peça poderia ser encaixada, além de trabalhar muito bem a parte motivacional. Acho que ele ajudou muito naquele ano e acredito sim que ele pode ajudar bastante neste momento também”, completou.
* Fonte: gazetaesportiva.net