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Combate à covid-19

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A Comissão de Enfrentamento ao Coronavírus da Assembleia Legislativa voltou a se reunir por videoconferência. Dessa vez, o colegiado debateu as ações que estão sendo implementadas no combate à covid-19 com o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed/RN), Geraldo Ferreira, e o presidente da Unimed-Natal, Fernando Pinto. Sobre a possibilidade do sistema de saúde entrar em colapso, Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed-RN, disse que isso já existia e que atualmente a situação “está até melhor que antes da pandemia”. Isso em razão da diminuição de acidentes provocada pela quarentena. Segundo Geraldo, “o sistema sempre viveu colapsado”. Os hospitais privados inclusive, hoje estão vazios esperando pacientes. 
Imunidade natural 
O presidente do Sinmed-RN, Geraldo Ferreira, questionou, na audiência da comissão da Assembleia Legislativa, os números do estudo divulgado pela Secretaria estadual de Saúde Pública que apontam 11 mil mortes até o início de maio, caso o percentual de isolamento continue próximo do atual – cerca de 42% da população. “Não se levou em conta que ao se ter metade da população contaminada, há uma imunidade natural da população. A medida que infectados cresce, mas a transmissão fica menor, porque as pessoas vão ficando imunes. Esse crescimento não é geométrico permanentemente”, disse.
Decisão do STF
O presidente Jair Bolsonaro lamentou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu o governo federal de decidir sobre medidas de restrição no combate à covid-19. Segundo decisão do ministro Alexandre de Morais, cabe a Estados e municípios adotar ou não as restrições. “Tem ministro do STF dizendo quem é responsável pela imposição de isolamento, quarentena, suspensão de aulas, restrição de comércio, atividades culturais e circulação de pessoas, dizendo que quem decide isso é o governador ou o prefeito. Então a responsabilidade das medidas que estão te prejudicando é do governador e do prefeito”, comentou.
Desafio da liquidez
Durante entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o presidente da General Motors América do Sul, o argentino Carlos Zarlenga, citou 14 vezes a palavra “liquidez”. É esse o maior problema que ele e outros executivos do setor temem no momento. Se não for resolvido em no máximo duas semanas, “empresas vão começar a quebrar”. A única saída, defende, é BNDES liberar linhas de curto prazo ou o governo assumir a garantia para empréstimos dos bancos privados. “O problema da liquidez pode quebrar a cadeia de pagamentos. Quando isso acontece, há um grande risco de solvência num curto período. Estamos falando de dias, não de meses, pois até lá empresas vão começar a quebrar. É uma cadeia produtiva que emprega 1,3 milhão de pessoas no País”, alertou na entrevista.
Isolamento social
Durante audiência da Comissão na Assembleia Legislativa, o presidente da Unimed-Natal, Fernando Pinto, fez uma rápida apresentação da situação enfrentada pelo Estado. O médico apresentou um histórico da doença e das ações que já foram implantadas no Estado. Ele  enfatizou a importância de uma maior supressão da sociedade, no sentido de aumentar o isolamento social. Estamos diante da maior crise de saúde pública mundial”, disse. “Quanto mais tempo se demorar para tomar decisão por [ampliar] o isolamento social, pior ficará o cenário. Não podemos menosprezar as informações. Nós precisamos achatar a curva de infectados, prolongando o espaço de tempo para garantir o atendimento a todos no sistema”, disse Fernando Pinto. O presidente da Unimed destacou ainda que “se houver postergação de supressão da população poderá ser tarde demais e teremos um cenário que não poderá ser revertido.
Necessidade de diálogo
Segundo o presidente da Comissão da Assembleia Legislativa que acompanha as medidas contra a covid-19, deputado Kelps Lima, é preciso ouvir todos os setores da sociedade envolvidos no grande enfrentamento à pandemia. O colegiado é composto ainda pelos deputados Francisco do PT, Sandro Pimentel (Psol), Getúlio Rêgo (DEM), Tomba Farias (PSDB) e Dr. Bernardo (Avante). Para Kelps, “erros podem até ocorrer, e é natural que ocorram em um momento assim. Mas é importante a questão da legalidade”. “O Governo do Estado deveria ouvir as pessoas da área para decidir se essa questão do Hospital de Campanha é a melhor alternativa”, disse.
Queda de arrecadação  
A queda de receita do Estado com ICMS pode chegar a 30% no mês de abril. A projeção é da Secretaria de Tributação. Com isso, a redução na arrecadação ficaria próxima de R$ 130 milhões. 
Calamidade – A Assembleia Legislativa deve votar na próxima terça-feira (14) o reconhecimento de calamidade pública em mais cinco municípios: Pedro Velho, Taboleiro Grande, Areia Branca, Lagoa Salgada e Santo Antônio. 
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