Um dos setores que mais se destacam na economia potiguar está à mostra desde ontem em Mossoró, onde está sendo realizada a quarta edição da Feira Internacional de Fruticultura Irrigada (Expofruit). Este ano, o evento terá uma marca especial: no mesmo dia em que foi aberto, também foi inaugurado o laboratório que poderá acabar com a praga mais temida entre os produtores: a mosca minadora.
O laboratório e a feira foram abertos na noite de ontem, pelo vice-governador, Iberê Ferreira com a presença de autoridades e empresários locais. Na Expofruit, fornecedores de produtos e serviços e entidades ligadas à fruticutura estão divididos em 320 stands. “Esta é uma feira onde todos os agentes que fazem parte do nosso setor estão reunidos, assim podemos fazer contatos para novos negócios”, ressalta o presidente da Cooperativa dos Fruticultores da Bacia Potiguar (Coopyfrutas), Francisco Vieira. No ano passado, a cooperativa cumpriu um contrato de US$ 150 mil fechado na Expofruit 2005. Isso porque, além de tratarem com representantes de seus fornecedores, os produtores potiguares também negociam com compradores de outros estados e países.
Apesar de estar consolidada como fonte de novos contratos, a Expofruit terá uma mudança no próximo ano e o mês de realização, no lugar de outubro, será junho. “Queremos usar a feira para fechar grandes negócios”, diz o presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade (Coex, entidade que promove a feira), Segundo de Paula.
Responsável por cerca de 20% da produção na safra passada, a mosca minadora é, ao lado do dólar baixo, um grande vilão para a fruticultura, sobretudo para o melão, carro-chefe do setor no estado. Com a inauguração do Laboratório de Controle Biológico, que funciona dentro da Ufersa, a incidência dessa praga poderá ser reduzida em até 50%, de acordo com o pesquisador Élton Araújo, que vai coordenar a estrutura.
Ele explicou que o laboratório vai estudar e produzir parasitas que são predadores naturais da mosca, como os insetos das espécies Opius e Neocrisocharis, cuja quantidade nas plantações foi reduzida devido ao desequilíbrio biológico que vem se acentuando na região.
