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Comerciantes formais e informais vivem em conflito

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O comércio de ambulantes sempre foi motivo de discussão entre os lojistas e trabalhadores formais. Empresários e comerciários reclamam, sobretudo, do grande número de camelôs espalhados pelas calçadas provocando tumultos e desorganização na frente das lojas. O fato ocorre nas principais ruas do centro da Cidade Alta e no Alecrim.

A discussão sobre o reordenamento dos vendedores ambulantes da Cidade Alta levou a equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE visitar os dois principais espaços reservados para camelôs e registrou a grande quantidade de quiosques fechados. No camelódromo do Alecrim a maioria do ambulantes continua trabalhando em seus quiosques. Apenas alguns os utilizam como depósitos para guardar as mercadorias mas, são poucos.

Já quando se trata do camelódromo da Cidade Alta, a quantidade de quiosques fechados chama a atenção. Na última sexta-feira (04), no início da tarde, a equipe da TN esteve no local e observou que cerca de 60% dos quiosques estavam fechados.

Na rua João Pessoa, a obra para aumentar em dois metros o calçadão, local onde será concentrado o maior número de vagas fixas, já foi iniciado, faltando apenas o acabamento. Nos outros locais estão previstos para começar a partir da próxima semana.
O camelódromo do Alecrim, construído na década de 1980, concentra uma grande massa de comerciantes informais
Enquanto isso, empresários continuam reclamando dos prejuízos causados pelo comércio informal, já que os camelôs vendem a mesma mercadoria e não pagam impostos. “Nós somos prejudicados com o comércio informal. Os camelôs não pagam aluguel, imposto, empregados, entre outras obrigações e, no entanto, vendem a mesma mercadoria que a gente”, explica a gerente de loja Roseane Lobato, que trabalha na rua Princesa Isabel.

#SAIBAMAIS#A empresária Maria de Jesus, proprietária de uma loja na rua João Pessoa, em frente ao calçadão, diz que o problema não é apenas o fato de os ambulantes comercializarem as mesmas mercadorias. Segundo ela, “além de não terem despesas como as empresas registradas, ambulantes  que trabalham aqui na frente, reclamam até quando chegam pela manhã e temos lavado a loja e a calçada ainda está molhada”, disse a proprietária.

Maria de Jesus disse ainda que o comentário que ouve, é de que os camelôs estão prometendo “bombar” nos meses que antecedem os festejos natalinos. “Eles dizem que estão viajando para encher as bancas de mercadoria para o período de festas. E quando falamos sobre a possível retirada de alguns, eles dizem que a prefeitura deveria arranjar empregos para eles, pagando pelo menos dois salários mínimos, que é a média do faturamento mensal de alguns – segundo eles, ao invés de querer criar lugar para uns e outros não”, explicou a empresária.

Bato-papo: Fátima Lima – adjunta da Semsur


Como será a fiscalização com a implantação do reordenamento dos vendedores ambulantes?

Será realizado inicialmente de forma ostensiva para evitar que ambulantes que não estejam cadastrados e, portanto, sem licença continuem no local.

A proibição desses ambulantes, mesmo sem registro ou licença, está amparada pela lei?

Sim. Existe decreto e acordos com os comerciantes…

A Semsur concluiu o cadastramento geral dos ambulantes que atuam na capital?

Não. O que temos, no momento, é o número do reordenamento. Ou seja, sabemos que serão 53 ambulantes fixos e 37 circulantes.

O reordenamento que está sendo realizado para o centro da cidade, será feito também no Alecrim?

Sim. Estamos trabalhando por blocos. Inicialmente vamos concluir este até o final do mês, depois iniciaremos o senso com o camelódromo por traz do Banco do Brasil, previsto para novembro e, em janeiro de 2014, iniciaremos o senso no Alecrim para saber como iremos agir nestes setores.

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