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Comércio fecha 2011 com alta de 9 por cento em Natal

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As vendas registradas pelo comércio, em Natal, subiram 9% no último mês de 2011, em relação ao mesmo período do ano anterior. O número, divulgado pela Câmara de Dirigentes Lojistas do município, se aproxima das projeções feitas pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte. Embora não tenha fechado o balanço, a Fecomercio/RN aposta num incremento de 10% nas vendas em todo o estado.
Comércio de rua no período do Natal: movimento aquecido
A alta, segundo Marcelo Queiroz, presidente da federação, é explicada pelo fluxo de visitantes, que mesmo em queda, ainda conseguiu aquecer a economia local. No Brasil, o incremento ficou bem abaixo do esperado por entidades ligadas ao setor.

De acordo com a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), as vendas aumentaram 2,33% no país, em comparação com o ano passado. A expectativa dos lojistas era que o incremento chegasse a 8%, quase seis pontos percentuais a mais. Segundo a Associação dos Lojistas de Shopping (Alshop), o faturamento nominal dos shopping centers espalhados pelo país subiu 5,5%, em relação ao Natal de 2010. A entidade esperava uma alta de 6,5%. As projeções foram publicadas no Estadão, ainda em dezembro.

Ao contrário do que ocorreu no Brasil, os números registrados em Natal e no Rio Grande do Norte atingiram as expectativas das entidades locais. Os principais shoppings na cidade apostavam num incremento de até 22%, em relação a dezembro de 2010. Nenhum deles havia fechado o balanço até o fechamento da edição. “O incremento mostra que o comércio voltou a reagir nas últimas  semanas”, analisa Amauri Fonseca Filho, presidente da CDL Natal. Segundo Marcelo Queiroz, da Fecomercio, o número mostra que o comércio potiguar manteve-se aquecido apesar da crise que atinge a Europa e se aproxima do Brasil.

Apesar do fantasma que ronda a economia mundial, a Federação espera que o fechamento do ano aponte um incremento de 8% nas vendas, número que fica abaixo do registrado no ano anterior (12%), mas acima da média nacional. Se as condições se mantiverem e a crise não se agravar, o Natal de 2012 deve fechar com um aumento de, pelo menos, 10%. “Tudo vai depender de como o mercado internacional vai se comportar”, pondera Marcelo. “Considerando que o ano não foi bom, devido ao agravamento da crise europeia, o mês de dezembro surpreendeu”, completa Amauri Fonseca. De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal, é provável que o ritmo de crescimento continue lento no primeiro semestre de 2012.

O aumento de 14,1% no salário mínimo, que entrou em vigor domingo, e rende ao brasileiro mais R$ 77 no fim do mês, aquecerá as vendas ao longo do ano, segundo Amauri. Marcelo Queiroz destaca as obras de infraestrutura, como as de mobilidade e do novo aeroporto, como alavancadoras da economia local este ano. “Haverá mais dinheiro circulando na cidade”, acrescenta Amauri.

Supermercados

Nos supermercados do estado, o incremento nas vendas relativas a dezembro ficará em torno de 3 a 5%, segundo Eugênio Medeiros, vice-presidente da Associação dos Supermercados do RN e dono de um supermercado integrante da cooperativa Rede Mais. O número fica bem próximo do registrado no mesmo período de 2010. A economia, segundo ele, parece ter engatado a ré no final do ano. As projeções, daqui por diante, se basearão nas afirmações do governo, diz Eugênio. Depois das festas de fim de ano, os supermercados se voltam para o veraneio. A expectativa é que as vendas subam entre 3 e 4% neste mês, número também muito próximo do registrado no ano passado. “Vamos acompanhar as medidas anunciadas pelo Banco Central. Não dá, porém, para ficar muito otimista”. A previsão de crescimento da economia brasileira voltou a cair, segundo matéria publicada no Estadão. Pesquisa semanal realizada pelo Banco Central junto aos analistas de mercado, a Focus, mostra que a expectativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – índice que mede o tamanho e a evolução da economia – caiu de 3,40% para 3,30%, o que indica uma provável desaceleração. Há um mês, o mercado previa expansão mais forte da economia, de 3,48% neste ano.

No País, setor deve crescer de 4,5% a 5% em 2012

Célia Froufe

Brasília (AE) – Depois da frustração com as vendas de Natal abaixo do esperado, o comércio brasileiro deverá crescer de 4,5% a 5% este ano na comparação com 2011, segundo prognóstico apresentado ontem pelo presidente da Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior. Se confirmada, a expansão será maior do que a de outros setores de atividade e também deverá ficar acima do crescimento geral do País, previsto para um intervalo de 3% a 3,5%. “O comércio deve puxar a economia em 2012”, disse Pellizzaro à Agência Estado. “O cenário da indústria brasileira se apresenta um pouco nebuloso e, assim, o comércio deve ficar com crescimento bem acima dos demais setores”, comparou.

O impacto do aumento do salário mínimo será fundamental para esse desempenho diferenciado, na avaliação do executivo. Desde ontem, o valor do salário mínimo no País passou de R$ 545 para R$ 622. “A partir de fevereiro, veremos o resultado do aumento do salário mínimo. Acreditamos que todo o dinheiro vai para o comércio”, comemorou. Isso porque, de acordo com o presidente da CNDL, o trabalhador que recebe o mínimo não faz poupança, pois possui demanda reprimida. “O dinheiro vai circular”, disse. O aumento do mínimo também deve elevar, na opinião do executivo, o sentimento de compra do consumidor.

Além disso, Pellizzaro também conta com novas medidas de incentivo à economia a serem adotadas pelo governo. Em 1º de dezembro, o Ministério da Fazenda reduziu a carga do Imposto sobre Produtos Importados (IPI) para uma série de produtos, entre eles eletrodomésticos da linha branca, como geladeiras e fogões. “Tenho certeza de que, permanecendo esse cenário de recessão internacional, o governo deve manter esse estímulo e ainda criar outros”, comentou.

A CNDL já pediu a extensão do benefício para o setor de móveis, mas até agora não obteve resposta do governo. “Todos os produtos de maior valor agregado vão precisar de mais incentivo para as vendas”, disse o executivo. De acordo com ele, isso será necessário porque o crédito está mais caro. Apesar de a Selic, a taxa básica de juros, estar em um momento de redução (atualmente em 11% ao ano), Pellizzaro alegou que o custo do dinheiro está maior por conta do aumento da inadimplência.

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