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Comício levou 60 mil à praça Gentil Ferreira

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Depois de quatro mandatos na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, o deputado Antônio Câmara ainda estava conhecendo os bastidores do Congresso Nacional quando o movimento pelas Diretas-Já foi lançado no Brasil. E a votação da emenda Dante de Oliveira foi o seu primeiro grande momento como parlamentar. Eleito pelo PMDB, Câmara não só apoiava como também participava das manifestações políticas pelo restabelecimento das eleições diretas para presidente da República e defendia a tese de abrir negociações com o PDS, após a aprovação da emenda, para uma reforma constitucional para enterrar de vez o entulho autoritário que permitia ao governo, por exemplo, acionar a censura para calar os meios de comunicação.
Tancredo e Ulysses, os maiores expoentes da campanha de 1984
“Já faz trinta anos? Nem estava me lembrando”, indagou ele, ao ser contactado pela TN.  Câmara estava convicto de que a pressão popular levaria o Congresso a aprovar a emenda. “Como integrante do PMDB nós não sofremos pressão, mas a bancada do governo sim”, relembra ele, que foi eleito para um segundo mandato federal em 1986, depois passou pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e hoje, aposentado, acompanha o noticiário político “pelos jornais”.

#SAIBAMAIS#Ligado ao deputado Ulysses Guimarães, o “Senhor Diretas”, o deputado Henrique Eduardo Alves participou das articulações no Congresso e também da movimentação popular no Rio Grande do Norte. O comício  realizado no dia 6 de abril, com a presença de lideranças nacionais como Ulysses e Tancredo, levou uma  multidão à Praça Gentil Ferreira, no Alecrim. O público foi estimado pela polícia militar em 60 mil pessoas. “Foi o maior ato político da história do Rio Grande do Norte. Um movimento que fez o Brasil acordar’, relembra ele.

Um detalhe: apesar de um esquema de segurança insuficiente para tamanha quantidade de pessoas nas ruas, não houve um só incidente antes, durante e  depois do comício.

O “Marinheiro” Agenor Maria, eleito para a Câmara depois de ter ocupado uma cadeira no Senado, foi o terceiro deputado norte-rio-grandense a votar pela aprovação da Dante de Oliveira.

Além de João Faustino (leia matéria na página 9), outro parlamentar do PDS apontado como voto certo na emenda das diretas era o deputado Vingt Rosado. Mas questões da política mossoroense o levaram a permanecer fiel ao presidente João Figueiredo.

Filho do então senador Dinarte Mariz, o deputado Wanderley defendia a posição do pai. Era contra a emenda. Assim como ele, Antônio Florêncio e Jessé Filho acompanharam a posição do PDS, favorável à emenda Figueiredo, que previa eleição direta para 1988.

PLACAR DA VOTAÇÃO
Bancada do RN

Votaram Sim
Agenor Maria     (PMDB)
Henrique Alves     (PMDB)
Antônio Câmara     (PMDB)
João Faustino     (PDS)

Ausentes
Antônio Florêncio     (PDS)
Jessé Freire Filho     (PDS)
Wanderley Mariz     (PDS)
Vingt Rosado     (PDS)

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