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Como sair da armadilha da internet?

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Eduardo Villela
Administrador
O que você mais faz no seu tempo livre? Talvez, nessa reflexão, você pense que grande parte das horas vagas do seu dia é preenchido ao assistir televisão, ler notícias ou, infelizmente, perdido no trânsito da sua cidade. Mas a verdade é que a resposta correta pode não ser nenhuma das anteriores. Pesquisas recentes apontam que as redes sociais podem estar recebendo mais atenção das pessoas do que deveriam.

Sabe aqueles cinco minutinhos entre uma reunião e outra? Ou quando você chega do trabalho e corre para as redes sociais só para desestressar? Isso pode se tornar um iceberg de distrações. Somando todos esses pequenos minutos, o brasileiro passa em média 3 horas e 34 minutos do dia em seus perfis do Facebook, Instagram, vendo vídeos no YouTube, tornando-se o segundo país que mais gasta tempo nas redes sociais (só perdemos para as Filipinas). O dado da Globalwebindex deste ano apresenta que estamos abusando (e muito) dessas plataformas diariamente.

É claro que na vida conectada que todos temos atualmente são necessárias aquelas paradas para responder emails profissionais, mensagens da família no WhatsApp, postar conteúdos em blogues, canais no YouTube ou até alguma novidade no Instagram. Eu mesmo, como BookAdvisor, sei dessa importância e costumo incentivar os escritores que assessoro a se dedicarem (com moderação) a postarem conteúdos sobre seus livros e áreas de expertise. Manter-se online é vital para autônomos, mas é preciso cautela para que a atenção não se torne vício.

Um reflexo negativo desse hábito foi identificado em recente pesquisa do The Reading Agency. De acordo com o estudo, o uso obsessivo de aplicativos em smartphone tem impedido que as pessoas leiam mais livros. O levantamento apontou que 66% dos entrevistados disseram que leriam mais se gastassem menos tempo nas redes. Vale destacar também que 55% de todos os adultos e 72% dos jovens ouvidos admitiram não ter autocontrole suficiente para não consultar seus aparelhos enquanto estão lendo livros.

E, aí, como sair dessa armadilha? Algumas maneiras de fugir do vício é estabelecer uma meta diária de uso das redes sociais. Minha dica é separar alguns períodos do seu dia. Exemplo: checar seu celular por 20 minutos, a cada 3 horas, faz com que você gaste de uma hora e meia a duas horas diárias nessa atividade. Isso significa ficar bem abaixo da média do país no uso desses aplicativos.

Outra boa sugestão é mudar seu mindset e aproveitar momentos de tempo disponível para ler. Está esperando para ser atendido em uma consulta? Carregue um bom livro impresso na bolsa ou mochila. Sempre cito a importância da obra em papel, pois, ao preferir essa versão, o usuário não vai se distrair com outros aplicativos ou alertas em seu smartphone, o que pode acontecer no caso do ebook.

Se você conseguir incluir esse hábito na sua rotina, pode inclusive ir além. Que tal criar um grupo de leitura com seus amigos? Livros são ótimos para discussões em grupo pois geram boas discussões que resultam em insights e ideias valiosos para você aplicar em sua vida pessoal e profissional, assim como um grupo de discussão de livros contribui para aproximar as relações, saindo da solidão virtual para uma interação gostosa no mundo real. Use táticas assim para que possa ler pelo menos um livro por mês.

Lembre-se: o seu smartphone não deve ser visto como um inimigo e sim como mais uma ferramenta de facilidade para o seu dia a dia. Os estímulos intelectuais apresentados pelos livros também são necessários, diria fundamentais, e não podem ficar de fora da nossa rotina. A leitura de livros melhora o nosso raciocínio, a concentração e a nossa capacidade para tomar decisões, como também desenvolve nossa sensibilidade, espírito crítico e repertório cultural.

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