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Como vi o Flamengo campeão

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Tertuliano Pinheiro – Publicitário

Não espere, meu caro leitor, um artigo absolutamente isento. Por mais que eu me esforce, será difícil segurar a minha paixão rubro-negra. Sobretudo, logo após a conquista do título. Desde cedo, como nos meus velhos tempos de “carioca”, via e sentia de perto o clima da cidade. Na minha caminhada matinal pela Av. Atlântica, observava a vibração de Flamenguistas e Botafoguenses. Uma festa!

Carros com enormes bandeiras e provocações bem humoradas de ambos os lados. O Rio amanhecia em clima de decisão. Caminhei bastante. Tentei jogar para o alto o stress, pois sabia o que encontraria logo mais à tarde no Maracanã. Dito e feito.

Engarrafamentos quilométricos, torcedores próximos ao estádio saiam dos carros e corriam para o Maracanã de maneira alucinada em busca de uma melhor localização. De repente, olho para o relógio: eram 13h50… e toda aquela movimentação, toda aquela loucura, mostrava-me mais uma vez, que o carioca é um apaixonado pelo futebol. Sento com o primo Bruno nas especiais e lá estava, graças a outra prima de talento musical inquestionável (Isabella Tavianni), que providenciou as entradas, pois desde o início da semana tinha acabado tudo.

Sento e tomo o primeiro gole de cerveja gelada. A partir daí, passo a admirar o espetáculo das torcidas. Interessante: não vi nenhuma briga. Vi, sim, um policiamento ostensivo e eficiente não dando margem para os pivetes e marginais que se vestem de “torcida organizada” com o objetivo de criar confusão. O meu telefone não parava. Eram os “torpedos” dos amigos botafoguenses que antecipava o que não aconteceu… e dos amigos flamenguistas, que mesmo à distância, enviavam-me energias positivas. De repente, o tempo passa.

Os times entram em campo.Tenho a sensação que o Maraca vai cair.Talvez, efeito da cerveja. Mas, que balançou, não tenho dúvida. Foi aí, meu caro leitor, que a  Nação Rubro-negra fez a diferença. E que diferença! Termina o primeiro tempo e nada de gol. Volto ao telefone e amigos comentam: o jogo está muito truncado, sonolento. Sonolento para que não está ali, presenciando o espetáculo da torcida do Flamengo que não parava nem por um segundo. Intervalo. Olho para os lados e, de repente, vejo mãos vibrantes me saudando à distância. Eram Miguel Weber e Robinson Faria. Ficamos juntos. E deram sorte! Começa o segundo tempo. Fizemos o primeiro gol. Barulho ensurdecedor. Eles empataram e, em seguida, fizeram mais um.

Quando penso que a torcida e o time rival vão massacrar o meu Mengo, mais uma vez, surge das arquibancadas no exato momento do gol alvinegro, o momento mais importante do jogo: o povão, em coro, o mais afinado que já pude ouvir – mais de 50 mil vozes – cantando o Hino do Flamengo. Não aguentei: fui às lágrimas. Meu velho coração começou a querer fazer graça. A pressão subiu. Sentei, respirei fundo e passei uns 5 minutos quieto. Vou dizer uma coisa: tenho amigos que costumam dizer que querem morrer dormindo. Pois eu quero morrer numa grande vitória no Frasqueirão como a de 5 a 2 no América, ou num jogo como o de domingo ao lado da massa rubro-negra.

Termina o jogo. E vamos para os pênaltis.

PQP! Bruno, o melhor goleiro do Brasil! E, mais uma vez, a torcida do Mengão fez a diferença. Bruno pegou dois. E o resto a gente já sabe.

Volto ao celular ainda sentado na cadeira do Maraca. Estava na hora de responder aos amigos botafoguenses.

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