Fundo Monetário Internacional destaca, no estudo, que o governo
brasileiro é visto como um dos menos preparados para o futuro
A classificação foi divulgada pelo Fórum Econômico Mundial, que, neste ano, apresentou o Brasil na 72ª posição. No ano passado, a economia brasileira era a 69ª mais competitiva do mundo.
Na avaliação do Fórum, países como Armênia, Bulgária ou Romênia têm hoje economias mais competitivas que a brasileira. O País também é o menos competitivo entre os membros dos Brics e, mesmo na América Latina, o Brasil aparece apenas na 8ª posição.
Para chegar a essa constatação, a entidade avalia dezenas de indicadores, divididos em doze pilares. Um dos mais problemáticos para o País é a avaliação de suas instituições. Entre 140 países avaliados, o Brasil ocupa a última posição no que se refere à carga de regulação do setor público. A pontuação é afetada pela percepção elevada de corrupção (80º colocado) e baixo desempenho do setor público. Entre todos os países avaliados, o Brasil ocupa a modesta 93ª posição no ranking das instituições.
O governo brasileiro é ainda visto como um dos menos preparados para o futuro, aparecendo apenas na 129ª colocação nesse critério. O último lugar é da Venezuela.
Outro problema é a segurança. No ranking que mede o crime organizado, o Brasil aparece na 124ª posição e, em taxas de homicídio, em 133ª. A confiança nos serviços policiais também é um dos piores, colocando o Brasil na 111ª posição.
A estabilidade macroeconômica é uma das mais frágeis do mundo, com o Brasil aparecendo apenas na 122ª colocação. O País tem uma das nove piores dinâmicas da dívida e ocupa a posição de número 110 no que se refere à inflação.
O mercado laboral também é considerado como um peso para a competitividade nacional. Dos 140 países avaliados, o Brasil aparece apenas na colocação 114ª, 15 colocações abaixo do ranking de 2017. “O desempenho do mercado laboral continua sendo um dos maiores desafios do Brasil e esse desempenho vem caindo ao longo dos anos”, alertou o Fórum. Para Davos, as reformas aprovadas no ano passado ainda não produziram os efeitos desejados.
O Brasil, por exemplo, está na 138ª posição no que se refere às dificuldades para contratar e demitir funcionários e na 137ª posição no que se refere aos impostos trabalhistas.
Uma educação frágil também não colabora. Pelo ranking, o Brasil aparece entre os últimos colocados nas habilidades digitais (125º colocado), facilidade em encontrar mão-de-obra qualificada (127º), qualidade de universitários (124º) e qualidade do ensino (125º).