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Comunidade síria no Brasil se divide quanto ao regime de Bashar Al Assad

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A comunidade síria residente no Brasil se divide quanto à oposição ao presidente Bashar Al Assad. Há quem defenda a queda dele e mais liberdade política, mas também há quem tema que, com uma eventual saída de Assad do poder, o país volte a ter perseguição religiosa contra cristãos.

Segundo a BBC Brasil, os sírios que estão há mais tempo no Brasil têm posição mais conservadora. O presidente da Federação das Entidades Árabes do Brasil (Fearab), Eduardo Elias, que é neto de sírios, disse que no Club Homs, em São Paulo, grande parte dos associados é a favor de Assad.

Conforme Elias, “existem facções radicais que querem a todo custo limpar religiosamente a Síria”. A perseguição religiosa no fim do século 19 e início do século 20 motivou a migração de muitos sírios para o Brasil, como ocorreu com o avô do presidente da Fearab.

Já entre os sírios e descendentes residentes há menos tempo no Brasil, a expectativa é que o país se torne mais livre e democrático. “Quem vive no Brasil sentiu o que é liberdade, sentiu o que é democracia”, diz o empresário Ehad Al Tariri, há 14 anos no Brasil. “Ninguém está pedindo liberdade demais. Nós queremos pelo menos respirar”, complementa o também empresário Mohamed Elatar, que chegou ao país há dez anos para viver com um tio.

Na opinião do jornalista sírio Tammam Daaboul, há 18 anos vivendo em São Paulo, “a maior parte da comunidade síria não mantém vínculos diretos com o país e não tem informação suficiente para se posicionar politicamente”. Ele também avalia que a diplomacia brasileira poderia ter uma atuação mais ativa, pois o país é respeitado tanto pelo regime de Assad quanto pelos opositores.

Segundo as Nações Unidas, mais de 5 mil pessoas morreram na Síria por causa da repressão aos protestos contra Bashar Al Assad.

* Fonte: Agência Brasil

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