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Conab reduz novamente previsão para próxima safra

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PLANTIO - Rendimento das lavouras de soja subiu, mas clima preocupa

Brasília – A seca que castigou as lavouras do Centro-Sul do País nos  dois primeiros meses do ano levou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)  a reduzir, mais uma vez, a estimativa para a safra 2005/06 de grãos. Levantamento  divulgado ontem pela estatal indicou colheita de 121,5 milhões de toneladas  no ano-safra, mais baixa do que a estimativa de março, que calculava produção  de 122,6 milhões de toneladas. 

Na comparação com a safra anterior (2004/05), no entanto, a nova previsão da  Conab representa um crescimento é de 6,6%. No ano passado, o desenvolvimento  das lavouras, principalmente nos Estados da região Sul, foi fortemente prejudicado  pelo clima adverso e a produção somou apenas 113,9 milhões de toneladas. O presidente  da Conab, Jacinto Ferreira, atribuiu o crescimento na produção deste ano, em  relação ao ano safra anterior, à recuperação da produtividade das lavouras.  O rendimento médio das lavouras de soja, por exemplo, subiu de 2.208 para 2.511  quilos por hectare. Mas o clima continua importunando os produtores. A falta  de chuvas derrubou a previsão de colheita para o piso previsto pela Conab em  outubro do ano passado, quando foi feito o primeiro levantamento. Essa estimativa  indicava produção entre 121,5 e 124,9 milhões de toneladas. 

A Conab também revisou para baixo sua estimativa em relação à área plantada,  que deve ser de 47 milhões de hectares, contra 49,1 milhões de hectares cultivados  na safra 2004/05. A redução foi detectada principalmente na área plantada das  culturas de algodão (-27,9%), arroz (-19,8%), soja (-4,8%), milho safrinha (-3,0%)  e trigo (-4,3%). No entanto, a área plantada com feijão de primeira safra cresceu  7,7% e de 6,4% na segunda safra de feijão. “O feijão foi impulsionado pelos  bons preços pagos aos produtores e o milho pela ocupação do espaço deixado pela  soja”, explicou Ferreira.  A análise por produto mostra que para a soja, principal produto do agronegócio  brasileiro, a produção deve ser de 55,713 milhões de toneladas, crescimento  de 8,3% na comparação com a colheita de 51,452 milhões de toneladas na safra  passada. 

A produção de milho será de 40,779 milhões de toneladas na safra atual, crescimento  de 16,5% na comparação com a colheita de 35,006 milhões de toneladas da safra  passada. Ferreira lembrou, no entanto, que o clima seco e frio pode reduzir  em até 500 mil toneladas a produção de milho na segunda safra (safrinha de inverno).  A produção está estimada em 8,823 milhões de toneladas e o clima adverso pode  prejudicar as lavouras do Paraná e de Mato Grosso do Sul, disse.  O presidente da Conab lembrou que o estoque de milho que será carregado de um  ano-safra para o período seguinte, “continuará elevado” neste ano. “A comercialização  de milho este ano será um problema”, avaliou. O estoque de passagem de milho  está avaliado em 4,313 milhões de toneladas.

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