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Condenação não muda comportamento de Mariana

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Amilton Thies, pai do sargento da Aeronáutica Andrei Thies e condenado a 19 anos de prisão, a ser cumprida em regime fechado, pela co-autoria do assassinato da nora Andreia Rosângela Rodrigues, ocorrido em 22 de agosto de 2007, poderá ser beneficiado com a remissão de pena, pois vem trabalhando na cozinha do Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes, na Zona Norte de Natal.
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De acordo com a legislação penal, por cada três dias de trabalho,  o preso condenado tem  remissão de um dia da pena.

A TRIBUNA DO NORTE tentou uma informação sobre o número de dias trabalhados por Amilton Thies, mas foi informado pela direção do presídio que, em virtude de só ter dois servidores prestando serviço, na tarde de ontem, a informação só poderia ser obtida a partir da próxima semana.

O vice-diretor do Presídio Provisório, Almir Medeiros da Fonseca, informou que o pai do sargento Andrei Thies, que se encontra preso no quartel da Aeronáutica, em Parnamirim, estava abatido ontem de manhã, como qualquer preso que “recebe uma sentença”.

O advogado Caio Túlio Dantas disse que foi contratado pela família Thies para atuar apenas no tribunal do júri popular, mas aventou a possibilidade de Amilton Thies vir a ser o primeiro membro da família Thies a ser beneficiado com a progressão de regime em virtude da remissão pelos dias trabalhados no presídio.

Embora seja um presídio provisório, a unidade prisional Raimundo Nonato conta com outros presos sentenciados, que por falta de vagas no sistema carcerário do Estado, estão nas mesmas condições de Amilton Thies – não foram transferidos para cumprir pena em regime fechado em penitenciárias.

Como os crimes cometidos pela família Thies ocorreram depois da publicação da Lei 11.464/07, em 29 de março de 2007, a qual trata dos crimes hediondos, Andrei, Amilton e a mãe Mariana, terão direito a cumprir 2/5 da pena, porque são réus primários. O sargento da Aeronáutica está preso desde 28 de setembro de 2007 e deverá cumprir mais dois anos e seis meses da condenação, enquanto os pais, que foram presos depois, devem cumprir mais três anos e sete meses, segundo uma fonte que não quis se identificar. Após isso, deverão ter direito à progressão de regime, do fechado para o semiaberto, a ser cumprindo, no caso de Amilton Thies, no presídio-albergue que fica vizinho ao presídio Raimundo Nonato Fernandes.

Quanto a Mariana Thies, no retorno ao seu pavilhão feminino do Complexo Penitenciário João Chaves, Mariana Thies não mudou, nem o comportamento, nem o temperamento. No final da manhã de ontem, sentada, no piso do corredor que dá acesso às celas, Mariana ‘batia papo’ com uma das detentas, numa conversa animada que durou uns 10 minutos.  Depois, andou pelo solário, com um ventilador na mão, e se dirigiu à cela, onde se recolheu. A cena foi registrada, na manhã de ontem, por volta do meio-dia, durante o banho de sol das 127 detentas do pavilhão feminino, no dia seguinte em que Mariana recebeu a sentença de 19 anos de prisão proferida pelo Tribunal do Juri de Parnamirim.

Viviane Thies foi ao presídio Raimundo Nonato com o maridoFilha visita pai para despedida e diz que ele está abatido

No dia seguinte em que recebeu a sentença de 19 anos de prisão proferida pelo Tribunal do Júri de Parnamirim, Amilton Thies, não mudou sua rotina. Executou os serviços na cozinha do presídio, normalmente, que lhe confere a remissão de pena. Aparentemente abatido, recebeu, no final da tarde, a visita de sua filha Viviane Thies, acompanhada do marido. Ela veio de Porto Alegre para acompanhar o júri.

Na saída do presídio provisório, o marido de Viviane afirmou que eles não dariam entrevista. Acompanhado pela equipe da TRIBUNA DO NORTE até o carro, o casal terminou falando. “Ele está abatido, não tem como”, disse Viviane, arrematando “ele foi condenado injustamente”.

O casal chegou ao presídio provisório antes das 17h e saiu às 17h55. Partem hoje para Porto Alegre. Viviane deixou claro que dará todo apoio ao pai. “Nós viemos nos despedir e dizer que estaremos do lado dele, dando apoio dentro do que for possível, principalmente nessa questão da saúde dele”, afirmou Viviane.

“Pela distância”, acrescentou, “não vamos poder estar sempre  aqui, mas devemos voltar em abril, se for possível”. Durante o julgamento Viviane foi uma das que não conteve as lágrimas. Ela  acompanhou todo o júri. Questionada se também teria visitado a mãe Mariana Bratkowski Thies, ela disse que sim. “Fomos nos despedir”, finalizou. Mariana está no Pavilhão Feminino do Complexo penal João Chaves.

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