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Congresso rejeitado

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Woden Madruga
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Pesquisa do Datafolha realizada do final de novembro aponta que 60% dos brasileiros rejeitam o trabalho do Congresso Nacional, casa dupla ocupada por senadores e deputados federais. Apenas 5% dos entrevistados deram o seu aprovo as suas excelências. A pesquisa foi publicada ontem nas páginas da Folha de S. Paulo, de cuja matéria destaco alguns trechos atendendo pedidos do mestre Gaspar, que lamenta não ter sido procurado pelos pesquisadores. No eleitorado que assina ponto no Cova da Onça a rejeição ao Congresso é bem maior, chegando à casa dos 83%.  Vejamos o que está escrito na Folha:

– A rejeição ao trabalho do Congresso Nacional atingiu o seu maior número na história recente. Pesquisa Datafolha realizada nos dias 29 e 30 de novembro mostra que 60% dos brasileiros consideram ruim ou péssimo o desempenho dos atuais 513 deputados federais e 81 senadores.

– Já a aprovação desceu a apenas 5%, também o pior número já registrado. O levantamento foi feito pouco depois de um mês da votação da Câmara dos Deputados que barrou a tramitação da segunda denúncia contra Michel Temer.

– Os números oscilaram dois pontos percentuais em relação à já reprovação recorde do Congresso apontada nos últimos levantamentos do instituto em dezembro de 2016 e abril de 2017 – 58% de rejeição e 7% de aprovação – ficando no limite da margem de erro.

– O momento que mais se aproximou ao atual ocorreu em 1993, último ano da hiperinflação e data do estouro do escândalo dos Anões do Orçamento, grupo de congressistas acusados de desviar recursos para os próprios bolsos. No segundo semestre daquele ano, 56% da população rejeitava o trabalho dos parlamentares.”

A reportagem conclui:

– A estratificação dos dados da pesquisa mostra que a reprovação ao trabalho dos parlamentares federais atinge números ainda maiores em alguns segmentos: entre eles, os mais ricos (74%), os com ensino superior (75%), os eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro (68%) e os que reprovam a gestão Michel Temer (69%).

– Já uma avaliação um pouco menos negativa do trabalho do Congresso é observada entre aqueles com ensino fundamental (52%), os de religião evangélica pentecostal (51%) e os que têm o PMDB como partido de preferência (42%) ou avaliam positivamente o governo Temer (37%).”

A reprovação
A rejeição do brasileiro ao Congresso Nacional é mote do analista político Bernardo Mello Franco, que assina coluna na Folha de S. Paulo. A de ontem tem o título de “O pior Congresso”. Começa assim:

– O Congresso nunca foi tão detestado. Seis entre dez brasileiros reprovam os parlamentares que deveriam representa-los. É a pior marca desde que o Datafolha começou a medir a avaliação de deputados e senadores. Com as exceções de praxe, eles fizeram por merecer.

E vai arrematando:

– Vale lembrar que os 513 deputados e 81 senadores não vieram de outro planeta. Foram eleitos pelos mesmos brasileiros que reclamam. Em muitos casos, em troca de favores, promessas de empregos ou dinheiro vivo.

– A pesquisa permite uma leitura otimista: com tanta gente insatisfeita, é possível que haja maior renovação nas urnas de 2018. Por outro lado, o clima de repulsa à política pode fortalecer candidatos autoritários, que vociferam ideias radicais para ganhar votos. A história mostra que pior que um Congresso ruim é não ter Congresso algum.

O atraso
Já no andar da segunda semana de dezembro, o governo do Estado anunciou para ontem o pagamento do salário de outubro aos servidores estaduais que recebem até 4 mil reais. O funcionário que ganha 4 mil reais e dez centavos não sabe quando receberá. Talvez semana que vem, já na metade do mês, 45 dias de atraso.

Com relação à primeira parcela do 13º salário há um silêncio sepulcral nas sacristias do governo.

Livro
Começo da noite de hoje, aí pelas 19 horas, todas as tribos daqui vão se encontrar na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras (Rua Mipibu, 443, ares de Petrópolis), onde acontecerá o lançamento do livro de Diva Cunha, Dádiva. São poemas. Edição da editora Una. Este é o quinto livro de poesia de Diva, que também é ensaísta e pesquisadora da literatura potiguar, professora aposentada da UFRN e da UnP.

“Os silêncios de Deus / crescem dentro de mim / ocupam todos os vãos / respondem todas as perguntas // Os silêncios de Deus / me fazem grávida / me fazem larga / me fazem lúcida // Endeuso-me toda / nos silêncios de Deus”.

Os 90 anos
Hoje, 7 de dezembro, consagrado a Santo Ambrósio, o “apóstolo da amizade”, é o aniversário de nascimento de dois amigos especiais: o homônimo Ambrósio de Azevedo e Genibaldo Barros. Ambos fazem 90 anos de idade. Invictos.

Ambrósio, mora em São Paulo do Potengi, foi comerciante, dono de padaria, agricultor, dono de amplificadora, radialista, comentarista político, vereador, marinheiro na Segunda Guerra navegando pelos mares atrás dos alemães. Dos melhores papos daquelas ribeiras abençoadas pelo Monsenhor Expedito Medeiros, de quem foi colaborador.

Genibaldo, seridoense, fazendeiro, médico, professor de medicina, reitor da UFRN, vice-governador do Estado (governo Tarcísio Maia), conselheiro do Tribunal de Contas, presidente do TC, também cultor da arte da boa conversa, da boa amizade.

Ambos, Genibaldo e Ambrósio, são amigos derna de meninos. Ambos foram colegas da mesma turma no Seminário São Pedro.

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